Em três novos livros, mede o tempo fora do tempo nos jardins da Quinta das Lágrimas, desvenda o que se passou no lisboeta Museu de Arte Contemporânea durante o tempo da epidemia Covid19 e conhece a cultura das comunidades das margens do Tejo, de Oeiras ao interior raiano. São os mais recentes Retratos da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
A Água das Lágrimas
Na Quinta das Lágrimas, em Coimbra, o restauro da mata e dos jardins baseou-se na beleza nostálgica do seu ambiente, no estudo das árvores, em textos e imagens das várias épocas para abrir o jardim como um palco de futuras inspirações.
Este livro retrata 20 anos de intervenção neste jardim icónico e complexo. Combina arquitetura paisagista, botânica, história da arte, considerações técnicas e paixão pessoal. É uma leitura obrigatória para amantes de jardins, entusiastas de história e qualquer pessoa interessada no cruzamento entre natureza e cultura.
Cristina Castel-Branco é professora e arquiteta paisagista pelo Instituto Superior de Agronomia (ISA). Doutorou-se (1993) e é docente no mesmo Instituto. Dirigiu o Jardim Botânico da Ajuda. É autora do anfiteatro e dirige os restauros da Quinta das Lágrimas desde 2004. Fundou, em 2002, a Associação de Jardins Históricos. É membro internacional do ICOMOS (UNESCO) no Comité de Paisagens Culturais e membro correspondente da Academia Nacional de Belas Artes (2016). Foi condecorada em França com a Ordre d’Officier des Arts et des Lettres (2013) e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, que lhe atribuiu o Louvor de Mérito (2020). É autora de mais de 20 obras sobre jardins e Arquitetura Paisagista.
Quando o museu fechou
Entre Março de 2020 e Maio de 2021, o Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC) manteve as portas encerradas durante 137 dias, mas abriu-se como nunca ao público.
Diário de conquistas de uma equipa obrigada a reinventar metodologias, linguagens e recursos, este livro retrata esse teste real da função de um museu. Foco na educação e entretenimento, simplificação de conteúdos e participação de artistas em discurso directo foram alguns dos caminhos explorados. O alargamento de público então conquistado atesta a importância deste registo de quando a pandemia forçou à flexibilidade e inovação.
Emília Ferreira é licenciada em Filosofia, mestre e doutora em História da Arte Contemporânea. Investigadora e historiadora de Arte. Dirige o Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado, desde dezembro de 2017.
Tejo, um cruzeiro religioso e cultural
O Cruzeiro Religioso e Cultural do Tejo assinala também as artes, os saberes e a cultura dos pescadores avieiros, oriundos da Praia da Vieira, em Vieira de Leiria.
Este livro relata uma dessas travessias de vários Tejos, do interior raiano, ainda espanhol, até Oeiras, celebrando a união entre margens e identidades, dos avieiros aos campinos, dos marítimos aos fragateiros. Através de testemunhos, paisagens, iguarias, danças e cantares, traça-se um perfil do passado e presente do rio e da luta para que não sejam esquecidos os que dele fizeram casa e ganha-pão.
Ana da Cunha licenciou-se em Teatro-Interpretação, pós-graduada em Dramaturgia e Argumento e mestre em Jornalismo. É jornalista na 'Mensagem de Lisboa'. Em 2016, venceu o Prémio Aldónio Gomes com a obra (Des)Controlo.
Próximos livros da FFMS a editar em Junho
O Poder da Literatura, de Maria do Carmo Vieira; Investimento em Ciência, de Maria de Lurdes Rodrigues.
sexta-feira, 30 de maio de 2025
«A Água das Lágrimas» é um dos novos livros da Fundação
publicado por Miguel Pestana
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