A 14 deste mês a LeYa publica dois livros de memórias, de leitura - prevê-se - intensa.
Diz-me Quem Sou (Asa) é a história real que deu origem a um documentário da Netflix, sobre dois irmãos. Após um acidente, um rapaz acorda amnésico e confia no gémeo para lhe contar como foi o seu passado. Mas ele, durante mais de uma década, esconde-lhe um segredo da família. A escrita deste livro sobre Alex e Marcus Lewis contou com a colaboração de Joanna Hodgkin.
A Rapariga que Acreditava em Milagres (Casa das Letras) é a história de Irene Butter, nascida em 1930, na Alemanha. No livro, esta sobrevivente do holocausto partilha a sua história, com o auxílio de John D. Bidwell e Kris Holloway.
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Alex desperta no hospital após um coma provocado por um gravíssimo acidente de mota. A seu lado, estão duas pessoas: o irmão gémeo, Marcus, e uma mulher desconhecida.
Essa mulher é a sua mãe.
Nesse momento, Alex é confrontado com a dura realidade: perdeu a memória dos seus primeiros 18 anos de vida.
Já em casa, Alex vai reconstruindo o puzzle do seu passado e reaprendendo os pequenos gestos do dia a dia. Marcus ensina-o a apertar os sapatos, relembra as férias idílicas da família, ensina-o a viver de novo. Aos poucos e com muita paciência, tudo aquilo que foi esquecido é recuperado.
Tudo?
Não. Os anos vão passando mas há algo que fica sempre por dizer.
Alex começa a desconfiar de que o segredo que o seu irmão esconde pode ser intolerável.
E um dia, por fim, descobre que tinha razão.
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História verídica de Irene Hasenberg Butter, uma conhecida activista pela paz, sobrevivente do Holocausto e professora emérita de Saúde Pública da Universidade de Michigan que «uma pessoa pode fazer a diferença».
Vizinha de Anne Frank em Amesterdão de quem foi amiga, tal como ela foi para o campo de concentração de Bergen-Belsen. Ao contrário da amiga, a quem tentou ajudar nesses anos, conseguiu por ser enviada para a Argélia recuperar e aos 15 anos, no pós-guerra, ser enviada para os EUA.
«Quando desci do navio que me trouxe para os Estados Unidos em 1945, os familiares americanos que me acolheram pediram-me que esquecesse tudo o que acontecera com a minha família – e comigo – no Holocausto. Disseram-me que nunca mais pensasse ou falasse nisso. Eu tinha 15 anos, eles eram adultos, e eu dei-lhes ouvidos. Durante 40 anos mantive o silêncio. Mas não me sentia verdadeiramente livre até começar a contar o que aconteceu comigo quando criança. Esta é a minha história.»
Outra novidade da Casa das Letras: Apneia, de Tânia Ganho.
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