sexta-feira, 26 de abril de 2024

«A Verdade sobre o Facebook», livro da autoria de ex-funcionária da rede social de Mark Zuckerg

A Casa das Letras editou no início desta semana A Verdade sobre o Facebook, da norte-americna Frances Haugen, ex-funcionária da rede social de Mark Zuckerg que, em 2021, divulgou dezenas de milhares de documentos à imprensa, depôs perante o congresso norte-americano e falou à comunicação social.
Foi saudada por Joe Biden no discurso do Estado da Nação por ter revelado que o Facebook alterava o seu algoritmo para recompensar o extremismo e recusava corrigir a falha. Mesmo sabendo que os seus utilizadores estavam a usar a plataforma para fomentar a violência, espalhar falsidades e dimunuir a autoestima das mulheres.

Durante o seu tempo no FB, ficou espantada e assustada com as escolhas que a empresa norte-americana fazia, dando prioridade aos seus próprios lucros em detrimento da segurança pública e pondo em causa a vida de muitas pessoas. Como último recurso e correndo um grande risco pessoal, tomou a coragem de denunciar o FB a um jornalista do The Wall Street Journal, e, posteriormente, à Comissão de Valores Mobiliários norte-americana, no que ficou conhecido como o caso "The Facebook Files", por serem literalmente milhares de páginas de documentos incriminitários que entregou ao jornal.
Actualmente Frances Haugen é uma activista pela responsabilização e transparência nas redes sociais.

Bertrand Editora lança livro de médico especializado na relação entre a mente e o sistema imunitário


O Cérebro e o Sistema Imunitário, livro da autoria do médico e investigador britânico Monty Lyman (n. 1992), é uma das novidades da Bertrand Editora. Com uma linguagem acessível e informativa, esta obra (traduzida para o nosso idioma por Rute Mota) explica o que são os sistemas nervoso e imunológico, como estão intricadamente ligados e o que acontece quando o «sistema de defesa» falha. Numa abordagem inovadora, o especialista esclarece como é possível «reprogramar» as defesas e cultivar um modo de vida «anti-inflamatório», oferecendo conselhos práticos para melhorar a saúde mental e física.

Sinopse
Mergulhando na nova descoberta do sistema imunológico do cérebro, o Dr. Monty Lyman revela as suas implicações extraordinárias para a nossa saúde física e mental.
Até há bem pouco tempo, um dos aspetos fundamentais da saúde humana era entendido de forma errada. Embora o cérebro e o corpo sempre tenham sido vistos como entidades diferentes, tratadas em «hospitais» separados, a Ciência veio mostrar recentemente que eles estão intimamente ligados. Surpreendentemente, agora sabemos que o nosso sistema imunológico está em constante comunicação com o nosso cérebro e que pode alterar diretamente a nossa saúde mental.
Esse conhecimento veio abrir novos horizontes no contexto da Medicina. A inflamação pode causar depressão e os medicamentos para a artrite poderão curá-la? Os micróbios intestinais podem moldar o nosso comportamento através do nervo vago? Algo tão simples como escovar os dentes corretamente pode reduzir o risco de demência? As infeções infantis podem estar por detrás de distúrbios neurológicos e psiquiátricos, como os tiques ou o transtorno obsessivo-compulsivo?
Em O Cérebro e o Sistema Imunitário, o Dr. Monty Lyman explora a fascinante ligação entre a mente, o sistema imunológico e o microbioma, oferecendo conselhos práticos sobre como nos mantermos saudáveis. Especialista na área da investigação de ponta da imunopsiquiatria, Lyman defende que é preciso mudar a forma como tratamos a doença e a forma como nos vemos. Pela primeira vez, temos uma nova abordagem da Medicina que trata todo o ser humano.

Excerto
«Além do comportamento de doença, que a maior parte de nós já esperienciou nalgum momento, há muito que os médicos observam outras formas pelas quais o sistema imunitário pode alterar a mente, desde as alucinações e a confusão intensa do delírio comum em pessoas debilitadas...»


Elogios
«Uma exploração emocionante de como o nosso sistema imunitário regula a saúde mental, entretecida com os conselhos práticos do Dr. Lyman sobre como salvaguardarmos o nosso bem-estar. Na minha família existem casos de depressão e de demência, pelo que encontrei reflexões e apontamentos inestimáveis em todas as páginas. Este livro absorvente e belissimamente escrito muda a forma como vemos a saúde.» Joseph Jebelli, autor de A Evolução da Mente e Em Busca da Memória

«O Dr. Lyman pega na complicada ciência da neuroimunologia e transforma-a num emocionante jogo de guerra, com batalhões defensivos, forças especiais, navios de reconhecimento e fogo amigo. (…) Na verdade, mais do que um livro sobre ciência biológica ou ciência cognitiva, O Cérebro e o Sistema Imunitário mostra-nos, sobretudo, como ambas são inseparáveis e, em última análise, fala-nos sobre o que é sermos humanos.» Anthony David, autor de Into the Abyss: a neuropsychiatrist’s notes on troubled minds

quinta-feira, 25 de abril de 2024

A edição lusa do best-seller internacional «The Maid's Diary»

Loreth Anne White
é uma autora americana de livros de mistério e suspense, como The Swimmer, The Unquiet Bones e The Pacient's Secret. Com mais de três milhões de livros vendidos em todo o mundo, esta
ex-jornalista já recebeu vários galardões na área editorial. Reside actualmente no Canadá.
O Diário da Criada é o seu primeiro livro a ser traduzido para Português. Este tríler psicológico chega às livrarias no dia 2 de Maio, com edição da Saída de Emergência.

Texto sinóptico
Eles aparentam ter a vida perfeita – até a sua criada olhar com mais atenção.
Kit Darling é uma criada com um problema. Ela é a “rapariga invisível” que não consegue evitar bisbilhotar as vidas dos seus clientes ricos. É um passatempo inofensivo… até que descobre um segredo tão obscuro que pode destruir o privilegiado casal para quem começou a trabalhar. Kit torna-se perigosa para o casal, e o casal – que pode matar para manter o seu segredo – perigoso para Kit.
Quando Mallory Van Last, uma polícia de homicídios, é chamada à luxuosa Casa de Vidro, ela é confrontada com indícios de um ataque tão cruel que é improvável que a vítima esteja viva. Mas os donos da casa desapareceram e a criada também. A única testemunha é uma vizinha, que acordou com os gritos que soaram na noite.
Enquanto Mal começa a desvendar o segredo que colocou todos os envolvidos numa rota de colisão, apercebe-se de que nada é o que parece. E que ninguém pode escapar ao seu passado.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Presença relança um dos romances mais icónicos de Virginia Woolf

Em Maio, a Editoral Presença reedita Os Anos, o romance que fez de Virginia Woolf, em 1937, uma das autoras mais vendidas dos dois lados do Atlântico. Esta obra, o último livro da autora publicado em vida, é um grande voo sobre as décadas que marcaram o fim da era vitoriana.
Fernanda Pinto Rodrigues assina a tradução deste romance sobre o tempo e as formas poliédricas que toma nas nossas vidas.
No catálogo da editora consta outro título de Woolf: A Viagem.

Texto sinóptico
Dos arredores de Londres, o coronel Pargiter regressa a casa depois de visitar a amante. Estamos em 1880, a Primavera está incerta, e esperam-no a vasta prole e a mulher, muito doente. São os sete filhos do casal que ganham carne, espírito e vida em pequenos retratos individuais: Eleanor, vinte anos, tem o seu centro moral na ajuda aos pobres; Milly, Delia e Rose são o trio de irmãs mais novas; e o conjunto fica completo com Morris, Martin e Edward, este último em Oxford e que tem na prima Kiy o objecto da sua paixão.
Esmagada pela pressão da guerra, pelas restrições sociais do patriarcado, do capitalismo e do Império, a família sente também a ameaça crescente do fascismo. E, enquanto o pavio de cada ano arde, a teia de relações entre irmãos, família e outros espécimes humanos de uma Inglaterra em transformação dar-nos-á um quadro em que o individual dá lugar ao geracional e, depois, a uma bela, melancólica e, hélas!, esperançosa visão da década de 1930.

terça-feira, 23 de abril de 2024

Leya publica romance de estreia de Alice Winn e o 2.º livro de Hermann Hesse


In Memoriam
é uma história de amor arrebatadora entre dois soldados na Primeira Guerra Mundial. Esta obra de Alice Winn, autora licenciada em Literatura Inglesa pela Universidade de Oxford, venceu o Prémio Waterstones de Primeiro Romance 2023. Edição Casa das Letras.


Texto sinóptico

Estamos em 1914 e falar de guerra parece algo distante para Henry Gaunt, Sidney Ellwood e os restantes colegas de turma, instalados em segurança no seu idílico colégio interno no campo inglês. Aos dezassete anos, são demasiado jovens para se alistarem e, de qualquer modo, Gaunt trava a sua própria batalha privada - uma paixão que o consome pelo seu melhor amigo, o sonhador e poético Ellwood - sem fazer ideia de que Ellwood está apaixonado por ele, e sempre esteve. Quando a mãe alemã de Gaunt lhe pede para se alistar como oficial no exército britânico para proteger a família dos ataques anti-alemães, Gaunt alista-se imediatamente, aliviado por poder escapar aos seus sentimentos avassaladores por Ellwood.
A frente é terrível e, embora Gaunt tente dissuadir Ellwood de se juntar a ele no campo de batalha, este depressa se apressa a juntar-se a ele, estimulado pelo seu amor pelos heróis gregos e pela poesia romântica. Em pouco tempo, os seus colegas de turma seguem-lhe o exemplo. Uma vez nas trincheiras, Ellwood e Gaunt encontram momentos fugazes de consolo um no outro, mas os seus amigos estão todos a morrer, mesmo à sua frente, e a qualquer momento podem ser os próximos.


Dom Quixote publica, agora numa nova edição revista, o segundo romance de Hermann Hesse.
Tendo despertado acesa polémica aquando da sua publicação, Hans - Sob o Peso das Rodas foi em 1906 recebida por Arthur Koestler - escritor e activista político judeu húngaro - como «um manual de instruções para pais, tutores e professores, que ensina, de um modo pragmático, a arruinar a vida de uma jovem criatura dotada».
Num tom mais optimista, após a leitura deste livro, Peter Handke - Nobel de Literatura 2019 - anotou no seu diário: «Através da escrita, conferir à juventude a dignidade que lhe foi negada em vida.»

Texto sinóptico
Narrativa em boa parte autobiográfica, segue a vida do jovem Hans, um rapaz inteligente e promissor que tenta corresponder às exigências e ambições que pai e professores nele projetam constantemente.
Levado a pôr de parte tudo o que lhe dava prazer nos tempos de infância — passada numa pequena cidade, algures entre o rural e o urbano, que em tudo se assemelha à Calw natal de Hesse —, Hans ingressa no seminário, para cumprir o que lhe é estabelecido. Aí torna-se amigo de um jovem rebelde que aspira a ser poeta, começa a imaginar outras possibilidades, mas acabará por ser conduzido ao esgotamento. Regressa a casa, envereda por outro caminho, o da vida prática, ainda conhece alguns dos seus prazeres, mas virá a sucumbir, esmagado sob o peso das rodas.
Crítica a um sistema de ensino repressivo, que uniformiza mentalidades e as liberta de quaisquer traços de individualidade, Hans é um ajuste de contas que Hesse faz com o seu próprio passado: muito do que aqui se lê foi experimentado pelo próprio autor no seu período de formação.

Do mesmo autor, encontram-se publicados títulos como Narciso e Goldmund, Ele e o Outro, DemianPeter Camenzind.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

«Textos de Rejeição para com as Mulheres» é uma das novidades de Abril das Edições Vieira da Silva

Após terem editado A Homossexualidade de Fernando Pessoa, em Maio de 2022, as Edições Vieira da Silva publicam Textos de Rejeição para com as Mulheres, o novo livro organizado por Victor Correia.

Texto sinóptico
Além de ter escrito vários poemas de conteúdo homoerótico, Fernando Pessoa escreveu também vários poemas dirigidos a mulheres ou sobre as mulheres. No entanto, há que ver bem o que Fernando Pessoa diz nesses textos, pois o facto de serem poemas dirigidos a mulheres ou sobre as mulheres, não significa que nesses poemas Fernando Pessoa exprima afeto para com elas, mas sim rejeição. Essa rejeição, conforme veremos ao longo desta antologia, é feita através de ironias, sarcasmos, dúvidas, ceticismo para com as mulheres.
Além de poemas, na obra de Fernando Pessoa existem muitos outros textos, de crítica, de desinteresse, de hesitação, de indiferença, de desdém, de desprezo, de desencanto pelas mulheres, e em alguns casos de aversão, por um lado sob o ponto de vista afetivo, e por outro lado sob o ponto de vista social e político, usado para exprimir a sua rejeição afetiva, levando-o ao sexismo e ao antifeminismo. Esta é portanto uma investigação que faltava, para completar a investigação sobre os poemas homoeróticos e os textos que se referem à homossexualidade na sua obra. Há mais textos de rejeição para com as mulheres, na obra de Fernando Pessoa, mas esta antologia é bastante significativa, e contribui para clarificar e compreender melhor a homossexualidade de Fernando Pessoa.

Excerto
«Em alguns textos de Fernando Pessoa não há apenas rejeição, mas também aversão. A sua classificação como aversão não é de minha autoria, mas sim do próprio Fernando Pessoa, pois foi empregue por ele nos seus Textos de comunicações mediúnicas, através de um "espírito" que com ele fala, ou seja, de Fernando Pessoa falando consigo mesmo, e sobre si mesmo, através de uma outra personagem (...).»


O autor
Victor Correia frequentou a Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino, em Roma – formação em Filosofia. Licenciado e pós-graduado em Filosofia, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Mestre em Estética e Filosofia da Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – formações obtidas antes do Processo de Bolonha. Doutorado em Filosofia Política e Jurídica, pela Universidade da Sorbonne, em Paris. Pós-doutorado em Ética e Filosofia Política, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Tem exercido funções de docência na sua área de formação, além de organizar e apresentar comunicações em várias conferências.
É membro de algumas associações científicas e culturais. Publicou artigos em jornais e revistas, nacionais e internacionais. É autor de mais de vinte livroS, entre os quais Quem Tem Medo dos Filósofos? (2017), Fernando Pessoa - Textos Ateístas, Antirreligiosos e Anticatólicos (2019), Poemas Eróticos dos Cancioneiros Medievais Galego-Portugueses (2020), Deus e o Coronavírus (2021) e O Mundo Problemático das Redes Sociais (2022).

domingo, 21 de abril de 2024

Sete novos lançamentos do Grupo Narrativa

Além de novas edições de Casa Velha, de Machado de Assis, do livro de poesia Aeternum Tempus, de Miguel Rego, e de As Aventuras de Jáqui (n.º 1) - Missão Salvamento, obra juvenil da autoria de Renato Valentim, eis as novidades deste mês do Grupo Narrativa (das chancelas Narrativa, Sell Out e Epopeia).

O Meu Tio-Avô - Do Cosmos ao Quantum, de Manuel Fialho
«(…) toda a tua exposição até agora se baseia no que chamaste a Física Clássica, o que me sugere que haverá uma outra Física. Depreendo que é disso que me irás falar.
Não pude evitar um largo sorriso quando o meu perspicaz tio-avô ironizou sobre os «escuros» e os «negros» da moderna Cosmologia, onde importantes propriedades, como a natureza de 95% da energia e matéria do Cosmos, são ainda hoje desconhecidas…»


Aqui Faço de Gárgula, de João Maria Mendes
«Este Aqui Faço de Gárgula articula dois escritos. Em 2021 e 2022, tempos de pandemia e, depois, de intolerável guerra na Ucrânia, actualizei o Jigajogas – caderno de notas onde reescrevi opiniões originalmente publicadas em jornais, revistas e edições não-comerciais, a que juntei reflexões inéditas sobre a vida política – chamemos-lhe assim. (…) Mas a agressão russa à Ucrânia obrigou-me, dada a sua barbárie e a grande sombra que, desde as primeiras horas, lançou sobre a Europa e o Mundo, a um segundo escrito a que chamei Lances de guerra. Esse acompanha os primeiros meses do conflito (…) e esboroa-se, em aberto, nos meses seguintes à frágil vitória de Emmanuel Macron, presidente reeleito, nas legislativas francesas enquanto, no Donbass e no sul ucraniano, os invasores ora avançavam ora recuavam, bombardeando cidades e dizimando populações civis.»

Manifesto de Sonho e de Tristeza, de José Francisco Colaço Guerreiro
«O Dr. José Francisco Colaço Guerreiro é um homem comprometido com a terra. Desse compromisso que, ao longo dos anos, tão bem soube traduzir em textos, ensaios, crónicas e contos, fica-nos a ideia de que partilhamos com a sua leitura, uma sublime jornada. Na sua escrita escorreita e de suave ondular poético – como as searas da terra mátria – podemos mergulhar nas vidas de sacrifício das personagens por ele criadas e nestas páginas vertidas.
(…) Este livro é o reflexo de 50 crónicas escolhidas e publicadas no Diário do Alentejo antes do 25 de abril quando o autor contava menos de 20 anos e, como digo no início, em boa hora recuperadas.
Todos sabemos que as publicações dos jornais têm menos validade que o peixe fresco e facilmente esquecidas no cheiro da tinta de cada nova edição. Se compostas e repaginadas, não só ganham nova vida, como até alcançam a eternidade que os livros, o seu autor e os leitores merecem.»


O Degelo Viral, de Alice Oliveira
Com o aquecimento global, um vírus congelado há milénios liberta-se dos glaciares do Pólo Norte, expondo a humanidade a uma pandemia mais contagiosa e letal do que o flagelo que abalou o mundo nos últimos anos. É Vasco, um cientista português que trabalha no Ártico, que faz a terrível descoberta. Na luta para salvar a humanidade, é perseguido por uma sociedade secreta que o tenta impedir a qualquer preço. Mas as verdadeiras e cruéis consequências de mais uma pandemia são vividas e relatadas por quatro mulheres cujos dramas pessoais se cruzam na luta pela sobrevivência daqueles que mais amam.
O Degelo Viral mostra o quão preciosa é a vida humana, mas também o quão resistente e engenhosa pode ser quando ameaçada. Descreve um passado recente, um presente incerto e um futuro perigoso ao qual todos devemos estar atentos sem nos deixarmos manipular.



As Aventuras de Jáqui (n.º 3) - A Dança dos Mares, de Renato Valentim
Pouco tempo depois de ajudarem a polícia a prender o Gangue do Circo (ler volume 2 da coleção), o Jáqui e o Arame – ou Bingo, como lhe chama a Isa – foram de férias para a Costa do Sol. Há imenso tempo que sonhavam em poder conhecer o mar, nadar na praia, correr na areia e apanhar banhos de sol com a dona. Seriam umas férias de paz, sossego e descanso merecido para a dupla mais corajosa da cidade. Como se costuma dizer: o que poderia correr mal?
Só poderás saber a resposta depois de ler este livro, mas podemos revelar que vão ter uma visita inesperada, fazer um novo amigo e salvar toda a vida marinha daquela região… ah, e fazer um arqui-inimigo. Digamos que é uma estreia absoluta na vida de aventuras do Jáqui. Há sempre uma primeira vez na vida para se encontrar um grande inimigo… mas será que é a última?



Medo de Estar Aqui, de João Pinto Ribau
Em Medo de estar aqui somos convidados a mergulhar numa mente asfixiada pela imensidão do vazio, perdida e muitas vezes revoltada.
O autor leva-nos a sentir com ele a solidão da perda, a desilusão e o abismo tentador que é a morte. Inquieto, teimoso e por vezes tomado pela raiva, mantém o orgulho juvenil de quem se recusa adaptar. Paradoxalmente, tem pavor da solidão e a rejeição, procurando dentro de si as respostas para todos os males do mundo.
Este livro desenrola-se em vários ritmos e cadências, mas sempre num tom intenso, apaixonado e apaixonante.


Polifonias, de José A. Damas
Sexto título da colecção de Poesia da chancela Epopeia, do autor de Soubesse Amélia o Voo dos Pássaros, Manha de Outono e Quando os Olhos se Fecham.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Edições Sílabo lançam autobiografia de Ulysses S. Grant, ex-presidente dos Estados Unidos

Memórias Pessoais de Ulysses S. Grant é a nova grande aposta das Edições Sílabo, cuja tradução é assinada por Jorge C. Pereira.
Este livro autobiográfico do 18.º presidente dos Estados Unidos, Ulysses S. Grant (1822-1885), alcançou um grande êxito de vendas aquando da sua publicação, em 1885 e 1886 (foi editado em dois volumes). Eleito presidente em 1868, este militar e político norte-americano, assumiu o cargo num momento crítico da história do país.

«A autobiografia do General Grant é a história mais admiravelmente simples, directa e desprentenciosa alguma vez posta no papel por um homem verdadeiramente grande.» Mark Twain

Texto sinóptico
Com uma prosa envolvente e uma honestidade desarmante, Ulysses S. Grant, nestas suas memórias pessoais, narra ao leitor com uma notável simplicidade o percurso que o levou desde as suas humildes origens até à liderança militar e às suas retumbantes vitórias, mas também fracassos, nos campos de batalha da Guerra Civil Americana. Este relato do futuro presidente dos Estados Unidos é um dos mais significativos trabalhos literários de todos aqueles que se sentaram na cadeira presidencial do jovem país e um dos melhores relatos de chefes militares alguma vez escritos, eventualmente só comparável à A Guerra das Gálias de Júlio César.
Partilhando com o leitor de modo aberto os desafios que enfrentou e as circunstâncias que moldaram o seu carácter, o leitor terá acesso a uma história de coragem de um homem brilhante e de um militar que venceu permanecendo no panteão dos poucos cuja acção teve impacto no desenrolar da História. Quer o leitor seja um historiador, um entusiasta de História, um líder à procura de pontos de referência, um militar desejoso de expandir os seus conhecimentos ou apenas um apreciador de histórias de acção, As Memórias Pessoais de Ulysses S. Grant é o livro que deverá ler e guardar na sua biblioteca.

Já está à venda «Guia Para Matar o Chefe», de Rupert Holmes

Chegou hoje às livrarias Guia Para Matar o Chefe, um mistério original e irreverente sobre uma escola secreta para assassinos bem-intencionados. O livro foi um grande êxito mundial, integrando a lista dos mais vendidos do New York Times e considerado Livro do Ano pela Amazon e Barnes & Noble, entre outros meios. Este tríler é da autoria de Rupert Holmes.

«Repleto de reviravoltas. O extraordinário Holmes toca nas cordas certas.» -
The Times

«Deliciosamente engenhoso.»
- Library Journal

«Uma escrita espirituosa e elegante.»
- Publishers Weekly

«Um dos livros mais irreverentes do ano.»
- CrimeReads

As lições diabólicas que nunca lhe ensinaram na escola e uma leitura que não vai querer perder.» - Barnes & Noble

O romance de estreia de Annie Ernaux


Para assinalar o 50.º aniversário do romance Os Armários Vazios, a Livros do Brasil publica pela primeira vez em Portugal a estreia literária da Nobel de Literatura Annie Ernaux.

«Um monólogo interior vivo, denso, veemente. Um romance de formação, ou antes de deformação, vindo de uma desconhecida», escreveu em 1974 o Le Monde, considerando-o a «revelação da primavera».
Em Os Armários Vazios, com tradução de Tânia Ganho, nas livrarias desde o dia 4 deste mês, Annie Ernaux é já a etnóloga de si própria que viríamos a reconhecer nos seus livros posteriores, apesar de nesta obra iniciática ainda não se assumir declaradamente como protagonista. Annie responde aqui pelo nome de Denise, personagem cuja biografia em tudo se confunde com a da autora.

Texto sinóptico

Esta é uma história de rutura social. Denise Lesur tem vinte anos e é a primeira da sua família a frequentar o ensino superior. Os pais, proletários e com escassa instrução, pouco têm que ver com os burgueses, educados e com acesso à cultura, a que ela está prestes a juntar-se. Sozinha no dormitório, enquanto recupera de um evento doloroso, Denise reflete sobre o seu crescimento, todos os sacrifícios feitos pelos pais, a estranheza cada vez maior em relação às suas origens e a raiva que transporta por se ver marcada pelo fracasso.
Os Armários Vazios foi o primeiro romance publicado por Annie Ernaux, em 1974, e nele surgem já as sementes daqueles que serão os grandes temas da sua obra – o choque de classes, a condição da mulher, o trauma –, num questionamento tenaz da identidade.
Alguns outros títulos da autora:
A Vergonha
; O Jovem; Perder-se; Uma Paixão Simples.

terça-feira, 16 de abril de 2024

«Mesmo Antes do Fim» é o novo livro da Europa-América


Mesmo Antes do Fim é o título do novo livro da Europa-América. Segundo a editora, é «uma poderosa novela sobre a memoria familiar e a construção das recordações em torno da figura maternal.» O autor é o escritor latino-americano Emiliano Monge, nascido em 1978. A sua obra já foi traduzida para vários idiomas. Atualmente é colunista do diário El País.

Sinopse

Esta é uma história de uma mulher que confronta a sua época e o seu mundo, mas também uma história sobre essa época e esse mundo: a segunda metade do século XX e as primeiras décadas do século em que nos encontramos.
Em Mesmo Antes do Fim, o filho da protagonista retrata a vida da sua mãe, uma vida marcada pela invisibilidade, pela doença, pela loucura e pelas violências, mas também pela resiliência, pela força de vontade, pelo afeto e pelo cuidado de si e dos outros, entra em tensão com alguns dos grandes acontecimentos da vida pública: a chegada das pílulas anticoncecionais, a invenção da câmara instantânea, o desenvolvimento de tratamentos para doenças mentais, a corrida espacial e a corrida pela prótese auditiva perfeita, a descoberta da antimatéria, o diagnóstico do espectro de Asperger, as investigações sobre como prolongar a vida, o Protocolo de Quioto.
Emiliano Monge conseguiu fazer algo que parecia impossível: escrever um livro que é ao mesmo tempo retrato e mural. O retrato de uma mãe e um mural do mundo em que vivemos.

Elogios da imprensa internacional
«A mãe do autor Emiliano Monge contém o mundo. Ver o mundo através dos seus olhos é aproximar-se do Aleph, compreender o bem e o mal, os enigmas da humanidade, as suas dores, preocupações, violências e selvagerias – mas também a sua alegria. A mãe é a protagonista absoluta de um dos melhores livros publicados este ano.»
La Vanguardia

Romance publicado anteriormente pela editora: Eu Matei um Cão na Roménia.

sexta-feira, 12 de abril de 2024

«Deus na Escuridão», de Valter Hugo Mãe

Editora: Porto Editora
Data de publicação: 18-01-2024
N.º de páginas: 288

A acção do mais recente romance de Valter Hugo Mãe, um dos autores portugueses mais destacados da actualidade, é ambientada aqui, na ilha da Madeira, mais concretamente em Campanário. A agricultura é a actividade principal desta freguesia pertencente ao concelho da Ribeira Brava. Por encostas e lombadas íngremes deste lugar rural, nos inícios da década 1980, encontramos a casa onde vive uma família, os Pardieiros, cuja alcunha já nos remete para a indigência.
É neste cenário que o autor nos apresenta Pouquinho, um recém-nascido, o segundo filho do casal. É o filho mais velho que nos narra que o irmão nascera «aleijado» e «abreviado», augúrio de desgosto e vergonha para a família, por causa da maledicência que haverá de ser perpetuada pela vizinhança, que num sítio recôndito, tudo sabe, nada perdoa. Contudo, para Felicíssimo, esse ser infortunado é um «pedacinho de Deus», a quem promete proteger afincadamente: «Amamos mais quem vemos em perigo. Somos feitos para aumentar de coração perante a família que sofre.»
Na segunda parte do livro, volvidos estão vinte anos, o narrador intradiegético vê-se envolvido numa elipse existencial; os seus amigos de infância foram alistados no serviço militar (enquanto ele foi dado como néscio), rumaram para novos destinos, formaram família; Felicíssimo, constata que não consegue alcançar nenhum horizonte, embora vislumbre o Oceano todos os dias. É um solitário, um desamparado, sem rumo, sem direcção. Os anos passaram por ele, enquanto trabalhava na terra e cuidava e amava o irmão.
Deus na Escuridão é uma história, que habilmente e subtilmente, elogia o amor fraterno e materno. Revela um escritor que fez um trabalho de pesquisa exaustivo (sabemos que in loco), pois são verosímeis todos os topónimos referidos na narrativa. Ser e viver enquanto ilhéu, com todos os prós e contras, está bem retratado nesta obra tecida com engenho e conhecimento no domínio da língua portuguesa e as suas variações.
Eis apenas alguns regionalismos madeirenses (palavras que passaram de geração em geração, impossíveis de traduzir à letra) que Valter Hugo Mãe incluiu na história: «azougar», «buzico», «estepilha», «forrado», «semilha». Para o leitor madeirense, a leitura faz-se contínua e sem quiproquós, sem interrupções para pesquisar vocábulos autóctones. Para o leitor não madeirense, principalmente para o que lerá este livro traduzido (alguns livros do autor encontram-se publicados em vários países), um glossário serviria de auxílio para uma boa interpretação.
Salientar que neste livro de Valter Hugo Mãe, que celebra 20 anos na escrita de romances (em 2004 foi publicado O nosso reino), a espiritualidade está em constante omnipresença. Deus na Escuridão contém passagens belíssimas como as seguintes:

«Quando nasce uma cria, há um planeta com seu nome onde só sua mãe habita.» (p. 30)

«Deus é exatamente como as mães. Liberta Seus filhos e haverá de buscá-los eternamente. Passará todo o tempo de coração pequeno à espera, espiando todos os sinais que Lhe anunciem a presença, o regresso dos filhos.» (p. 147)

«Deus está na escuridão, e tacteia por toda a parte na vontade intensa de um toque, do aconchego do corpo dos filhos, um gentil toque ou um abraço.» (p. 147)

«Os filhos partem sem saberem que o sentido da vida é chegar à origem.» (p. 148)

«Quando a tristeza é sem fim, certamente só a lonjura pode almejar a ilusão de uma trégua.» (p. 250)

É lançado este mês «Antigos Mestres - Comédia», de Thomas Bernhard

Após lançar em 2014 Autobiografia, a Sistema Solar, através da chancela Documenta, volta a apresentar aos leitores uma nova obra de Thomas Bernhard (1931-1989), considerado um dos mais importantes escritores germanófonos da segunda metade do século XX. José A. Palma Caetano, tal como acontecera com o outro título, assina a tradução de Antigos Mestres - Comédia.
Moscardino, de Enrico Pea, é outra novidade da Sistema Solar para este mês.

Texto sinóptico
Como classificar esta narrativa? Em subtítulo, Thomas Bernhard chama-lhe Comédia. Será afinal a comédia da vida? Ou não será esta antes uma tragédia? Já no fim da obra, Bernhard fornece-nos talvez uma pista para reflexão: «Tanto que nós pensamos e que falamos e julgamos que somos competentes e na verdade não somos, essa é a comédia, e quando perguntamos, como é que vai ser agora? é a tragédia, meu caro Atzbacher.»

«Bernhard é considerado hoje uma das figuras mais relevantes da literatura de língua alemã na segunda metade do século XX. Ainda há relativamente pouco tempo o famoso crítico alemão Marcel Reich-Ranicki dizia, num livro constituído por entrevistas sobre vários autores, o seguinte: "Se me perguntassem quais foram os três maiores talentos da literatura alemã, no domínio da prosa, depois de 1945 […] eu indicaria decerto três nomes: Wolfgang Koeppen, Günter Grass, Thomas Bernhard. São as três mais fortes energias épicas na nova prosa alemã. Considero, portanto, Thomas Bernhard um dos verdadeiramente grandes."» José A. Palma Caetano

Excerto
«[…] Julgamos que podemos passar sem as pessoas, julgamos até poder passar sem uma única pessoa e imaginamos também que só temos uma possibilidade de continuar a viver se estivermos a sós connosco, mas isso é uma ilusão. Sem outras pessoas não temos a mínima possibilidade de sobrevivência, disse Reger, podemos ter tomado por companheiros tantos grandes espíritos e tantos Antigos Mestres quanto possível, eles não substituem pessoa nenhuma, assim disse Reger, no fim são sobretudo esses chamados grandes espíritos e esses chamados Antigos Mestres que nos deixam sós e vemos que esses grandes espíritos e Antigos Mestres ainda por cima troçam de nós da maneira mais infame e verificamos que tivemos sempre com todos esses grandes espíritos e com todos esses Antigos Mestres apenas uma relação de troça e só com ela existimos.»

quinta-feira, 11 de abril de 2024

«Taylor Swift: The Whole Story» chega a Portugal em Julho

A biografia da cantora Taylor Swift será publicada a 4 de Julho em Portugal. Taylor Swift: The Whole Story (título original) foi originalmente publicada nos Estados Unidos da América pela HarperCollins no passado dia 2. O autor, Chas Newkey-Burden, é um reputado biógrafo de celebridades como Michael Jackson, Adele, Amy Winehouse, Justin Bieber e Simon Cowel. Taylor Swift: A História Completa tem o selo da Contraponto.

«Identidade e Família», o livro que está a gerar controvérsia


Chegou a 12 de Março às livrarias Identidade e Família – Entre a Consciência da Tradição e As Exigências da Modernidade, uma obra coordenada pelos quatro fundadores do Movimento Acção Ética – António Bagão Félix, Pedro Afonso, Paulo Otero e Victor Gil.

O livro, que tem gerado grande celeuma na opinião pública, reúne um conjunto de textos de várias personalidades da vida pública portuguesa sobre a importância de um pilar central da vida em sociedade: a família.
A obra, chancelada pela Oficina do Livro, conta com a colaboração de duas dezenas de figuras destacadas dos mais diversos quadrantes da sociedade portuguesa, como Jaime Nogueira Pinto, Manuela Ramalho Eanes, João César das Neves, Isabel Galriça Neto, Guilherme D’Oliveira Martins ou José Ribeiro e Castro.

Fundado a 1 de Janeiro de 2021, sob a divisa Vida, Humanismo e Ciência, o Movimento Ação Ética (MAE) tem na sua génese a vontade e determinação de pessoas de diferentes gerações, formação académica e percurso profissional, para quem o primado da ética é inseparável da razão de ser das acções pessoais e dos códigos de conduta profissionais ou institucionais. Neste sentido, o MAE é uma iniciativa cívica que visa propor abordagens, reflexões, estudos e contributos em torno das questões éticas actuais, propondo uma ética centrada na pessoa e na valorização da vida humana, combatendo a indiferença e o relativismo ético, desejando contribuir para uma maior consciencialização dos imperativos éticos e para uma ética do futuro que não seja uma ética para o futuro, mas para hoje.

Texto de apresentação
De todas as sociedades humanas, a família é a única natural, universal e intemporal. Por isso, este livro lhe é dedicado. Apesar de a sociedade estar em constante mudança e de os avanços científicos obrigarem a uma permanente actualização, existe um conjunto de princípios éticos que não são negociáveis, mas sim intemporais.
Em Identidade e Família, coordenado pelos fundadores do Movimento Acção Ética, duas dezenas de autores dos mais diversos quadrantes da sociedade portuguesa, com estilos e experiências marcadamente diferentes, contribuem para um perfil ético da vida em sociedade, destacando, em particular, a instituição familiar.

«A família é o habitat natural de convivência solidária e desinteressada entre diferentes gerações, o veículo mais estável de transmissão e aprofundamento de princípios éticos, sociais, espirituais, cívicos e educacionais, o elo entre a consistência da tradição e as exigências da modernidade, e, em consequência de tudo isto, a mais eficaz instituição de garantia de coesão do tecido social.»