terça-feira, 20 de março de 2018

PIM Edições recupera «Os Punhais Misteriosos» de Reinaldo Ferreira

Depois de em 2017 ter publicado O Mistério da Rua Saraiva de Carvalho, o primeiro volume da Coleção Repórter X, a PIM Edições vai publicar no próximo dia 23 Os Punhais Misteriosos (448 pp.), o segundo título desta colectânea de obras de Reinaldo Ferreira (1897-1935), um marcante jornalista português da primeira metade do século xx e pioneiro em Portugal do romance policial.
Salientar que esta é uma edição cuidada, ilustrada com iconografia de época. Os Punhais Misteriosos, escrito sob o pseudónimo Edgar Duque, não era reeditado desde 1926.
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Texto sinóptico
Aventurosa, romântica e com um toque de exotismo e mistério, esta história é protagonizada por um jovem oficial do exército espanhol (Carlos Insúa) que se perde de amores por uma mourita encantada (Zami) no icónico Palace Hotel do Buçaco, pondo em marcha várias peripécias que transportam o leitor até Madrid, Barcelona e aos confins de Marrocos.
Escrita em Espanha, foi publicada em Portugal entre agosto e novembro de 1924, nas páginas do matutino Correio da Manhã, com o título Punhais Misteriosos e a assinatura de Edgar Duque, outro dos pseudónimos de Reinaldo Ferreira, antes de adotar o definitivo Repórter X. A trama foi adaptada ao cinema pelo próprio Reinaldo, mas o filme fracassou comercialmente e acabou por se desaparecer quase sem deixar rasto.
O folhetim ainda ressurgiu em forma de livro, em 1926, numa edição em três volumes de bolso, mas não voltou a ser publicado. Até agora. Passados mais de 90 anos, a segunda grande narrativa do pioneiro português do romance policial regressa ao convívio dos leitores nesta edição aumentada, com um texto introdutório de Joel Lima e uma panóplia de recortes de imprensa, incluindo fotografias e apontamentos sobre a rodagem da adaptação cinematográfica.
Incipit
«Perdido entre a mata de arvoredos misteriosos e seculares, e em contraste violento com a solidão do Buraco, o Palace Hotel ergue-se como uma catedral de mármore, muito branca e rendilhada... Poucos portugueses o conhecem e o frequentam; mas de todos os pontos da Terra chegam diariamente dezenas de estrangeiros, que vêm atraídos pela fama romântica do sítio e que se instalam, com confortos comodistas e luxuosos de Quinta Avenida, no meio de uma das regiões mais belas e despovoadas de Portugal.»
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