sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

«O Silêncio dos Livros» de George Steiner está de volta às livrarias

A 28 deste mês a Gradiva lança uma nova edição de O Silêncio dos Livros, da autoria de George Steiner (1929-2020),
uma das grandes mentes do mundo literário contemporâneo. Leccionou nas Universidades de Cambridge e de Genebra. Além de ter publicado recensões críticas e artigos em revistas e jornais como The New Yorker e The Guardian, Steiner escreveu diversas obras, como Linguagem e Silêncio, Os Livros Que Não Escrevi, As Lições dos Mestres e A Poesia do Pensamento.
Com tradução assinada por Miguel Serras Pereira, esta edição é prefaciada pelo escritor, filósofo e professor universitário Onésimo Teotónio Almeida.


Sinopse
Temos tendência para esquecer que os livros, eminentemente vulneráveis, podem ser suprimidos ou destruídos. Têm a sua história, como todas as outras produções humanas, uma história cujos primórdios contêm, em gérmen, a possibilidade, a eventualidade de um fim.
George Steiner sublinha assim a permanência incessantemente ameaçada e a fragilidade da escrita, interessando-se paradoxalmente por aqueles que quiseram – ou querem – o fim do livro. A sua abordagem entusiástica da leitura une-se aqui a uma crítica radical das novas formas de ilusão, de intolerância e de barbárie produzidas no seio de uma sociedade dita esclarecida.
Esta fragilidade, responde Michel Crépu, não nos remeterá para um sentido íntimo da finitude que nos é transmitido precisamente pela experiência da leitura? Esta estranha e doce tristeza que se encontra no âmago de todos os livros como uma luz de sombra.
A nossa época está prestes a esquecer-se disto. Nunca os verdadeiros livros foram tão silenciosos.

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