sábado, 20 de abril de 2019

Novos livros que são uma ode à figura materna: «Mães Como Nós», «Filho da Mãe» e «Mães que Tudo»

Mães Como Nós, de Luma Garbin (Arena Editora)
O que une Michelle Obama, Alice Vieira, Monica Belucci, Chimamanda Ngozi Adichie, Mariza, Luísa Sobral, Filipa de Lencastre e Marie Curie? A maternidade.
Desde esse útero onde toda a vida começa, podemos ler histórias marcantes de mulheres que lutaram por um país mais justo para os seus filhos, pode-mos rir com os superpoderes que as progenitoras têm de desenvolver no desempenho das suas funções e também maravilhar-nos com retratos de maternidade real, lado a lado com as mães que marcaram a literatura, a poesia, o cinema e as artes visuais. Por toda a parte, fragmentos dessa força da Natureza que são as mães. Mães como as nossas.


Filho da Mãe, de Hugo Gonçalves (Editora Companhia das Letras)
Perto de fazer quarenta anos, Hugo Gonçalves recebeu o testamento do avô materno dentro de um saco de plástico. Iniciava-se nesse dia uma viagem, geográfica e pela memória, adiada há décadas. O primeiro e principal destino: a tarde em que recebeu a notícia da morte da mãe, a 13 de Março de 1985, quando regressava da escola primária.
Durante mais de um ano, o escritor procurou pessoas e lugares, resgatando aquilo que o tempo e a fuga o tinham feito esquecer ou o que nem sequer sabia sobre a mãe. Das férias algarvias da sua infância aos desgovernados anos de Nova Iorque, foi em busca dos estilhaços do luto a cada paragem: as cassetes com a voz da mãe, os corredores do hospital, o colégio de padres, uma cicatriz na perna, o escape do amor romântico, do sexo e das drogas ou uma roadtrip com o pai e o irmão.
Esta é uma investigação pessoal, feita através do ofício da escrita, sobre os efeitos da perda na identidade e no caráter. É um relato biográfico —tão íntimo quanto universal —sobre o afeto, as origens, a família e as dores de crescimento, quando já passámos o arco da existência em que deixamos de fantasiar apenas com o futuro e precisamos de enfrentar o passado. É também, inevitavelmente, uma homenagem à figura da mãe, ineludível presença ou ausência nas nossas vidas. Sem saber o que iria encontrar na viagem, o autor percebeu, pelo menos, uma coisa: quem quer escrever sobre a morte acaba a escrever sobre a vida.

«Este é, sem dúvida, o livro mais pessoal e importante que escrevi até hoje. Sendo uma história verdadeira, que começa com a morte da minha mãe, quando eu tinha oito anos, e que avança até aos dias de hoje, é também um testemunho de crescimento, o relato biográfico sobre uma família a lidar com o luto e a perda, o desafio do miúdo que quer crescer e ser um homem.
É uma história sobre o afeto, as origens, a família e as dores de crescimento, quando deixamos de fantasiar apenas com o futuro e precisamos de enfrentar o passado. É também, inevitavelmente, uma homenagem à figura da mãe.
Espero que recebam este livro com o entusiasmo com que o escrevi.» Hugo Gonçalves

Mães que Tudo, de Ana Margarida de Carvalho, Cláudia Clemente, Djaimilia Pereira de Almeida, Filipa Martins, Isabela Figueiredo, Isabel Lucas, Luísa Costa Gomes, Marlene Ferraz e Raquel Ribeiro  (Editora Companhia das Letras)
Mães que tudo reúne nove contos inéditos de escritoras portuguesas. Olhares singulares sobre ser mãe ou escolher não ser mãe, sobre ser filha ou mãe da nossa mãe. Histórias tão surpreendentes quanto comoventes de mães que ficam, mães que partem, mães que cuidam, mães que afastam, mães que sufocam, mães que libertam, mães que amam de menos ou de mais. Mães que tudo.

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