Temas e Debates lança a 21 deste mês Crematório Frio, um clássico da literatura do Holocausto redescoberto e traduzido pela primeira vez para o nosso idioma, da autoria de József Debreczeni (1905-1978), um romancista, poeta e jornalista de língua húngara.
«Esta obra-prima fundamental esteve quase perdida durante 70 anos, até ser dada ao prelo, traduzida em 15 línguas, entre as quais a portuguesa. Como descreve o sobrinho do autor, o seu testemunho, publicado em húngaro em 1950, nunca foi traduzido em língua inglesa, apesar dos esforços do irmão do autor, diplomata em Washington. Estava-se em plena Guerra Fria, de anticomunismo e antissemitismo, na vigência do macarthismo, e o livro termina não só com a libertação pelos soviéticos e o livro termina não só com a libertação pelos soviéticos mas com “A Internacional” a ser cantada por todos.» Irene Flunser Pimentel
Texto de apresentação
József Debreczeni, um prolífico jornalista e poeta de língua húngara, chegou a Auschwitz em 1944; se tivesse sido selecionado para seguir para a «esquerda», teria vivido apenas mais 45 minutos.
Afortunadamente, foi enviado para a «direita», o que o levou a 12 terríveis meses de detenção e trabalho escravo numa série de campos, que terminaram no «Crematório Frio» o chamado «hospital» do campo de trabalho escravo de Dörnhau, onde os prisioneiros demasiado debilitados aguardavam a execução.
Porém, à medida que as forças soviéticas e aliadas se acercavam dos campos, os comandantes nazis ¿ receosos das eventuais punições pelos seus crimes - fugiram, abandonando os prisioneiros, em vez de os enviarem de imediato para as câmaras de gás. Debreczeni registou as suas experiências neste livro, uma das mais duras e impiedosas acusações ao nazismo jamais escritas.
Outro livro sobre o Holocausto publicado recentemente: O Mestre de Dachau.
sexta-feira, 15 de março de 2024
Um clássico da literatura do Holocausto redescoberto, com prefácio de Irene Flunser Pimentel
publicado por Miguel Pestana
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Holocausto
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