Estes três livros, de chancelas do Grupo BertrandCírculo encontram-se disponíveis nas livrarias desde sexta-feira. Destaque vai para o novo sucesso de vendas internacional japonês, de uma das vozes mais lidas da literatura japonesa actual.
A Livraria do Tio Takashima, o primeiro romance publicado em Portugal da autora japonesa Hika Harada, uma das vozes mais queridas da literatura japonesa contemporânea. Com tradução direta da língua japonesa por André Pinto Teixeira, este livro é uma celebração da força dos laços familiares, do amor pelos livros e da forma como as histórias podem unir pessoas de diferentes gerações.
Este é um romance comovente e intimista, que se insere na tendência da ficção japonesa que tem conquistado o público português.Composto por textos fragmentados que exploram diferentes aspetos do quotidiano como as amizades, as aspirações, o amor e o trabalho, As Coisas Que Só Vemos Quando Abrandamos apresenta múltiplas reflexões sobre como processar emoções negativas e enfrentar desilusões em cada domínio da vida.
Haemin Sunim, autor e um dos mestres budistas mais influentes do nosso tempo, acredita que a percepção que temos do mundo é um reflexo daquilo que se passa na nossa mente. Importa, por isso, pensar sobre uma nova forma de estar presente, mais consciente e empática.
Com base na filosofia budista, a obra relembra-nos de que, muitas vezes, é no silêncio que podemos encontrar as respostas mais importantes e reveladoras.
Em Vender é Humano, um dos autores mais conceituados nas áreas da gestão e do marketing, propõe uma nova perspetiva sobre a importância da persuasão. Este livro de Daniel H. Pink, parte da premissa de que todos somos vendedores. Não apenas de produtos ou serviços, mas de ideias, argumentos ou propostas.
Num momento em que a comunicação e a capacidade de influenciar se tornaram competências essenciais, Pink apresenta de forma oportuna uma nova definição do conceito de «venda», libertando-o da sua conotação tradicionalmente comercial. Com base nas mais recentes descobertas nas áreas da Psicologia, da Economia e da Ciência, Vender É Humano revela aquilo que realmente nos leva a mudar de ideias, o que nos motiva e o que torna a comunicação eficaz.
segunda-feira, 9 de junho de 2025
Traduzido directamente do japonês, «A Livraria do Tio Takashima» é um dos grandes lançamentos de Junho
sexta-feira, 6 de junho de 2025
Guia com ferramentas práticas para quebrar padrões transgeracionais
Inspirado no trabalho da prestigiada psicoterapeuta Anne Ancelin Schützenberger, o livro Repetimos o que não reparamos, editado pela Albatroz, disponibiliza práticas e ferramentas terapêuticas para o leitor evitar comportamentos que se repetem de geração em geração.
Neste livro, as psicólogas clínicas e psicoterapeutas Manuela Maciel e Leandra Perrotta, reconhecidas internacionalmente pelo seu trabalho em psicogenealogia e terapia transgeracional, apresentam técnicas que permitem identificar e romper padrões negativos, promovendo o desenvolvimento de hábitos saudáveis e enriquecedores, que podem transformar a vida pessoal e emocional.
Através de uma abordagem clara e concreta, a obra convida à reflexão sobre os traumas e histórias familiares que atravessam gerações e influenciam a forma como vivemos. Desta forma, o leitor descobrirá como curar essas memórias pode abrir caminho para uma renovação, libertando-se de limitações antigas e encontrando novas possibilidades para uma vida mais equilibrada e plena.
É uma obra é indicada para todos os que desejam compreender melhor a sua história familiar e emocional e transformar a forma como se relacionam com o passado.
Salentar que as autoras integram psicodrama, terapias expressivas, práticas somáticas, genossociograma e EMDR na sua abordagem.
Sinopse
Descubra como o passado molda o presente – e transforme-o. Traumas não resolvidos, padrões que se repetem, emoções que não compreendemos — muitas vezes são ecos da história da nossa família. Este livro oferece uma introdução clara e sensível à Psicogenealogia, mostrando como marcas emocionais herdadas moldam a nossa vida ao longo das gerações. Com base em mais de 30 anos de experiência clínica, Manuela Maciel e Leandra Perrotta — discípulas diretas de Anne Ancelin Schützenberger – apresentam os principais conceitos e métodos terapêuticos, como o genossociograma, o psicodrama e técnicas expressivas e somáticas. Através de exemplos reais e ferramentas práticas, as autoras revelam como legados inconscientes podem tornar-se caminhos de cura, consciência e liberdade. Uma leitura essencial para terapeutas, estudantes e todos os que desejam compreender e transformar os padrões ocultos que nos habitam.
terça-feira, 3 de junho de 2025
Jornada de superação de doenças mentais retratada no novo livro de João Carlos Melo
Chega às livrarias a 5 de Junho um livro-testemunho de uma jovem e do seu terapeuta sobre doenças mentais. Renascer das Cinzas relata a jornada que o psiquiatra e psicoterapeuta João Carlos Melo empreeendeu juntamente com uma paciente desde 2021.
«A psicoterapia é um processo longo, que começa como um trabalho conjunto de duas pessoas e nunca mais acaba, mesmo quando as pessoas se afastam, porque o trabalho terapêutico continua dentro de cada uma.»
Sinopse
Este livro mostra-nos o que de mais inspirador e pungente podemos encontrar na natureza humana. Ao longo das suas páginas encontraremos a coragem, a resiliência, o sofrimento, a esperança, a superação e também a capacidade transformadora do amor.
A protagonista (e heroína) desta história real é Maria C., uma jovem mulher, igual a tantas outras, mas que teve a desventura de ter sido afetada por três das mais dolorosas e perturbadoras doenças mentais que podem afetar um ser humano: a Perturbação Borderline, a Mentira Patológica e, a mais ingrata e desconhecida de todas, a Perturbação Factícia ou Síndrome de Munchausen, uma doença que leva a pessoa a produzir sintomas e doenças em si própria, fazendo das idas a urgências hospitalares, consultas, exames e tratamentos desnecessários o centro da sua vida e a única forma que conhece de obter afeto e sentir-se real e capacitada para aguentar a vida. É considerada a mais incurável e de pior prognóstico de todas as doenças psiquiátricas. E tem levado muitas das suas vítimas à degradação da vida e até à morte.
Escrito pela própria Maria C. e por João Carlos Melo, o seu psiquiatra, Renascer das Cinzas fala-nos também sobre a verdade e a mentira, a confiança e a capacidade para transpor obstáculos intransponíveis. E relata como a vontade, o esforço e o desejo de melhorar desta mulher (aliados à crença e dedicação inabaláveis do seu psiquiatra) foram determinantes na sua extraordinária e inédita recuperação - uma situação raríssima em todo o mundo - e como o amor da psicoterapia a levaram a vencer as doenças. Afinal, como disse um dia Sigmund Freud, «a psicanálise é, em essência, uma cura pelo amor».
Livros do autor
Publicou com a Bertrand Editora Nascemos Frágeis e Recebemos Ordens para Sermos Fortes, Reféns das Próprias Emoções – Um retrato íntimo das pessoas com personalidade borderline, Uma Luz na Noite Escura e Lugares Escondidos da Mente. Na Climepsi Editores tem publicados os livros As Faces do Inconsciente e O Inconsciente Está no Cérebro.
Primeiros livros a publicar sobre o Papa Leão XIV
A Dom Quixote edita no próximo dia 9 de Junho Leão XIV: O Sucessor Inesperado, do jornalista francês Christophe Henning, com prefácio do Cardeal francês Jean-Paul Vesco. A primeira biografia do novo Papa traça o seu perfil e detalha o que o seu papado pode representar num momento de tantas divisões e polarizações, tanto dentro e fora da Igreja.
Sobre o livro
A 8 de maio de 2025, os cardeais reunidos em Conclave elegeram Robert Francis Prevost como o 267.º Papa da Igreja Católica, e o norte-americano escolheu o nome de Leão XIV. Dignitário da Cúria depois de ter sido missionário no Peru, o novo Papa é resolutamente um homem de paz e de unidade. A primeira biografia do Papa inesperado relata os dias que o conduziram à Cadeira de São Pedro. Escrito depois de um Conclave particularmente rápido, o livro revela quem é Leão XIV, de onde vem e quais poderão ser as suas prioridades numa Igreja posta à prova, entre as diferentes sensibilidades e algum desapego dos fiéis.
O relato da sua eleição é seguido de uma panorâmica dos desafios que esperam o novo Papa, bem como dos dossiês por tratar. A evocação da herança do Papa Francisco e dos últimos Conclaves permite compreender melhor como Leão XIV já faz parte da História.
A biografia também mergulha em detalhes da vida pessoal e familiar de Robert Francis Prevost, revelando uma trajetória marcada pela sua vocação precoce. Nascido em Chicago, em 1955, filho de mãe espanhola e pai de origens francesa e italiana, Prevost cresceu no bairro operário de South Side. A família vivia numa casa de tijolos adquirida em 1949 e seguia uma rotina simples, entre partidas de beisebol, banhos de piscina e viagens curtas de comboio pela cidade. Ele e os dois irmãos foram educados por religiosos da Ordem de Santo Agostinho, a qual viria a moldar profundamente o caminho espiritual de Robert.
Desde cedo, porém, algo o distinguia dos demais. Ainda criança, gostava de brincar de Missa com os irmãos e vizinhos. “Algumas crianças gostam de brincar de guerra e ser soldados? Ele queria brincar de padre”, contou John Prevost, irmão do papa, em entrevistas à imprensa americana. “Ele pegava a tábua de passar roupa da nossa mãe, cobria com uma toalha de mesa e dizia que era o altar. Sabia as orações em inglês e em latim, e fazia isso o tempo todo. Levava muito a sério.” Aos 14 anos, ingressou no seminário da congregação agostiniana, ao qual permanece.
Em meados deste mês derá editado pela Planeta Leão XIV - A história do novo Papa, da autoria de Saverio Gaeta. Este livro conta a história do novo papa e os desafios que enfreenta.
Sobre o livro
Às 18h05 do dia 8 de maio de 2025, no segundo dia de Conclave e após apenas quatro votações, surgiu da chaminé da Capela Sistina o tradicional fumo branco que anunciava ao mundo a eleição de um novo pontífice. Na Praça de São Pedro, dezenas de milhares de pessoas reuniram-se de imediato, aguardando com expectativa para saber quem havia sido escolhido pelo Colégio de Cardeais. Quando a antiga fórmula latina Annuntio vobis gaudium magnum: habemus papam! ecoou finalmente da varanda central da basílica, entre aplausos entusiásticos, grande foi a surpresa: o sucessor de Francisco era o americano Robert Francis Prevost, que se apresentou ao mundo com as palavras: «Paz a todos vós».Mas quem é o homem que, com o nome Leão XIV, terá agora a responsabilidade de guiar a Igreja Católica nos próximos anos? E quais foram os passos que o conduziram até ao trono de São Pedro?
Saverio Gaeta traça o primeiro retrato completo do «papa da globalização», um homem com raízes culturais diversas, que fala com clareza a língua do presente. Deste livro emerge a figura de um pastor internacional, atento aos pobres e aos marginalizados, incansável na defesa dos direitos humanos e no reforço do papel unificador da fé.
Cabe-lhe agora a difícil missão de dar continuidade à herança de Bergoglio e de levar por diante os muitos «processos em curso». É destas grandes questões, analisadas por Gaeta com rigor e profundidade, que dependerá o futuro de uma Igreja em profundo caminho de renovação — uma missão que Leão XIV assumiu com a promessa de devolver à Igreja o seu papel como «arca de salvação que navega sobre as ondas da História, farol que ilumina as noites do mundo»
segunda-feira, 2 de junho de 2025
Novo livro de Fredrik Backman, «Os Meus Amigos», acaba de chegar às livrarias
Os Meus Amigos é o título do tão aguardado novo romance do escritor sueco Fredrik Backman. Publicado pela Porto Editora, com tradução de Elsa T. S. Vieira, esta obra tem a amizade como tema central. É uma narrativa profundamente humana, repleta de empatia, humor e reflexão.
O livro, que se foca numa obra de arte cujo impacto atravessa gerações, fala-nos de laços que resistem ao tempo, de amor e luto, e da forma como nos encontramos (e nos salvamos) uns aos outros graças às relações que construímos. Através de personagens inesquecíveis e diálogos que oscilam entre o trágico e o hilariante, o aclamado autor apresenta um retrato comovente da amizade nas suas formas mais imperfeitas – e, por isso mesmo, mais autênticas.
Este romance aprofunda temas que já são marca registada do escritor: as dificuldades da vida adulta, a saúde mental, a complexidade dos laços familiares e, acima de tudo, a força dos afetos. Com a sensibilidade que lhe é característica, Backman transforma o quotidiano num palco de grandes emoções e pequenas revoluções.
Fredrik Backman é autor de Beartown - A cidade dos grandes sonhos, Os Vencedores, Um Homem Chamado Ove, A Minha Avó Pede Desculpa, Gente Ansiosa, Britt-Marie Esteve aqui e Nós Contra os Outros – todos bestsellers do The New York Times.
domingo, 1 de junho de 2025
«O Silêncio dos Livros», de George Steiner
![]() |
Editora: Gradiva
Data de publicação 3.ª edição: 28-01-2025 N.º de páginas: 80 |
A História tem refletido o destino da leitura e da cultura escrita num mundo em transformação. Mostra como regimes totalitários, sejam seculares ou teocráticos, buscaram controlar ou eliminar os livros por reconhecerem neles uma força subversiva. A transição de sociedades livres para sistemas dogmáticos evidencia como o pensamento crítico sempre foi alvo de censura. Exemplos como a queima de livros na Alemanha nazista ou as restrições impostas por regimes religiosos remetem a uma era medieval em que a Igreja dominava o saber e inibia a autonomia intelectual.
Este livro colige dois curtos ensaios que abordam a censura e a repressão do conhecimento. Em O Silêncio dos Livros, uma das mais sábias vozes do nosso tempo, George Steiner, versa sobre como o silenciamento da Literatura pode afetar a sociedade. Publicado em 2006, este texto (traduzido por Margarida Sérvulo Correia a partir de Le Silence des Livres suivi de Ce vice encore Impuni) mantém uma atemporalidade inequívoca, nomeadamente em relação a ações de censura de regimes totalitários vigentes no mundo, que visam silenciar vozes dissidentes, através de uma série de políticas que restringem o acesso a conteúdos que professam ideias de progresso; um deles é a proibição de livros em escolas, muitos abordando temáticas como raça e identidade de género. «A censura é tão velha e omnipresente como a escrita. (...) Participou em todas as tiranias», relembra o autor francês.Através de exemplos de obras que mudaram a maneira como o leitor vê o mundo, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, o ex-professor nas Universidades de Oxford e de Harvard mostra ao leitor como os livros moldaram a Humanidade.
No prefácio desta nova edição, com o selo da Gradiva, o filósofo e professor universitário Onésimo Teotónio Almeida escreve que «Somos amantes, alguns mesmo devoradores, de livros e deles não abdicamos». Esperemos que esse vício [da leitura] não volte a ser suprimido.
No segundo texto do livro, o jornalista Michel Crépu, corrobora com Steiner e diz-nos que nestes tempos conturbados, o silêncio passou a ser um luxo: «O que nos falta é paciência e silêncio; o que nos falta é pura e simplesmente tempo (...).»
Ambos estes ensaios funcionam como metáforas para a luta contra a repressão cultural e a importância da preservação da diversidade de pensamento em tempos de cerceamento. Narrado com erudição e envolvência, este é um livro que faz refletir sobre a maior ferramenta da liberdade alguma vez dada ao ser humano: o Livro.
Excertos
«A invenção de Gutenberg deixou a Igreja católica muito apreensiva. A censura (...) e a destruição física dos livros atravessam (...) toda a história do catolicismo romano.» George Steiner
«A experiência da solidão (...), dessa tão estranha e doce tristeza que se esconde no fundo de cada livro como uma luz feita de sombras, essa experiência fundamental que é, afinal, a iniciação ao mundo e à finitude (...)» Michel Crépu
FFMS lança «O Poder da Literatura» e «Investimento em Ciência»
Com edição da Fundação Francisco Manuel dos Santos, chegaram recentemente às bancas os livros O Poder da Literatura, da professora Maria do Carmo Vieira, e Investimento em Ciência, da autoria de Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa e investigadora no CIES-Iscte, e ministra da Educação entre 2005 e 2009.Texto de apresentação
Será que a literatura e o seu ensino podem mobilizar a sociedade em defesa do património cultural? Nestas páginas, irá descobrir que sim. Este livro transporta-nos para a Lisboa dos anos 80, onde alunos da Escola Secundária Marquês de Pombal, sob a orientação da sua professora e a partir do contacto com a poesia de Fernando Pessoa, lideraram um movimento de preservação do velho Café Martinho da Arcada contra a descaracterização e perda de significado histórico.
Através de uma narrativa detalhada, revelam-se os bastidores desta luta, desde a redacção de um abaixo-assinado até à criação da Associação Pessoana dos Amigos do Martinho da Arcada (APAMA), da angariação de fundos para a sua recuperação e salvaguarda até à sua transformação, exclusivamente em restaurante, contrariando o projecto original e os objectivos da APAMA.
Este livro é um manifesto apaixonado sobre o poder de a literatura inspirar novos interesses e paixões e desencadear mudanças na sociedade. Defende também o papel fundamental do professor de Português como transmissor de um legado cultural, que desafia imposições e métodos, evidenciando o contraste entre o sentido da literatura, arte da palavra, e o utilitarismo de um texto funcional.Texto de apresentação
É inegável que ciência é futuro e, por isso, todos os governos e políticos, em todos os países, a enaltecem como um dos seus principais desígnios, fator crucial para o desenvolvimento do país e a melhoria da vida dos cidadãos. O presente livro explora os propósitos, as políticas públicas, as decisões de investimento e o desenvolvimento da ciência em Portugal, bem como os desafios e riscos envolvidos.
Os últimos 40 anos de políticas de ciência tiveram em comum o objetivo de construir um sistema científico, de acordo com padrões internacionais de referência. Essa breve história é aqui narrada, desde as primeiras iniciativas setoriais até ao crescimento e a consolidação do sistema. Apesar da meta europeia de investir 3% do PIB em Investigação e Desenvolvimento (I&D), o progresso nacional nesta área tem sido lento.
O investimento público estagnou, o que levanta preocupações sobre a sustentabilidade do sistema científico. O financiamento empresarial tem crescido, mas a qualidade dos recursos humanos e a contabilização dos benefícios fiscais são questões a considerar. Há que discutir políticas públicas em áreas como formação avançada, emprego científico, financiamento de unidades de investigação e cooperação internacional. O livro que tem em mãos destaca a importância do investimento público, da autonomia científica e do apoio a todas as áreas científicas para garantir um sistema científico equilibrado e sustentável. Em destaque, o reconhecimento do contributo das universidades para a produção de conhecimento.
Conhece os novos Retratos da editora, aqui.
sexta-feira, 30 de maio de 2025
«A Água das Lágrimas» é um dos novos livros da Fundação
Em três novos livros, mede o tempo fora do tempo nos jardins da Quinta das Lágrimas, desvenda o que se passou no lisboeta Museu de Arte Contemporânea durante o tempo da epidemia Covid19 e conhece a cultura das comunidades das margens do Tejo, de Oeiras ao interior raiano. São os mais recentes Retratos da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
A Água das Lágrimas
Na Quinta das Lágrimas, em Coimbra, o restauro da mata e dos jardins baseou-se na beleza nostálgica do seu ambiente, no estudo das árvores, em textos e imagens das várias épocas para abrir o jardim como um palco de futuras inspirações.
Este livro retrata 20 anos de intervenção neste jardim icónico e complexo. Combina arquitetura paisagista, botânica, história da arte, considerações técnicas e paixão pessoal. É uma leitura obrigatória para amantes de jardins, entusiastas de história e qualquer pessoa interessada no cruzamento entre natureza e cultura.
Cristina Castel-Branco é professora e arquiteta paisagista pelo Instituto Superior de Agronomia (ISA). Doutorou-se (1993) e é docente no mesmo Instituto. Dirigiu o Jardim Botânico da Ajuda. É autora do anfiteatro e dirige os restauros da Quinta das Lágrimas desde 2004. Fundou, em 2002, a Associação de Jardins Históricos. É membro internacional do ICOMOS (UNESCO) no Comité de Paisagens Culturais e membro correspondente da Academia Nacional de Belas Artes (2016). Foi condecorada em França com a Ordre d’Officier des Arts et des Lettres (2013) e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, que lhe atribuiu o Louvor de Mérito (2020). É autora de mais de 20 obras sobre jardins e Arquitetura Paisagista.
Quando o museu fechou
Entre Março de 2020 e Maio de 2021, o Museu Nacional de Arte Contemporânea (MNAC) manteve as portas encerradas durante 137 dias, mas abriu-se como nunca ao público.
Diário de conquistas de uma equipa obrigada a reinventar metodologias, linguagens e recursos, este livro retrata esse teste real da função de um museu. Foco na educação e entretenimento, simplificação de conteúdos e participação de artistas em discurso directo foram alguns dos caminhos explorados. O alargamento de público então conquistado atesta a importância deste registo de quando a pandemia forçou à flexibilidade e inovação.
Emília Ferreira é licenciada em Filosofia, mestre e doutora em História da Arte Contemporânea. Investigadora e historiadora de Arte. Dirige o Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado, desde dezembro de 2017.
Tejo, um cruzeiro religioso e cultural
O Cruzeiro Religioso e Cultural do Tejo assinala também as artes, os saberes e a cultura dos pescadores avieiros, oriundos da Praia da Vieira, em Vieira de Leiria.
Este livro relata uma dessas travessias de vários Tejos, do interior raiano, ainda espanhol, até Oeiras, celebrando a união entre margens e identidades, dos avieiros aos campinos, dos marítimos aos fragateiros. Através de testemunhos, paisagens, iguarias, danças e cantares, traça-se um perfil do passado e presente do rio e da luta para que não sejam esquecidos os que dele fizeram casa e ganha-pão.
Ana da Cunha licenciou-se em Teatro-Interpretação, pós-graduada em Dramaturgia e Argumento e mestre em Jornalismo. É jornalista na 'Mensagem de Lisboa'. Em 2016, venceu o Prémio Aldónio Gomes com a obra (Des)Controlo.
Próximos livros da FFMS a editar em Junho
O Poder da Literatura, de Maria do Carmo Vieira; Investimento em Ciência, de Maria de Lurdes Rodrigues.
Livros que a LeYa lança em Junho
Eis algumas publicações do Grupo LeYa que chegarão às livrarias durante o mês de Junho.
O Amante, de Helene Flood
Como se pode ocultar um caso amoroso quando o nosso amante é assassinado? Será pior enganar o marido ou a polícia? Rikke está a mentir a ambos. Depois do êxito internacional O Olhar Que me Persegue, publicado anteriomente pela Dom Quixote, Helene Flood oferece-nos outro tríler brilhante e consolida-se como uma das mais importantes autoras do romance noir escandinavo do momento.Chega às livrarias a 10 de Junho com tradução assinada por Beatriz Sequeira.
Travessuras da Menina Má, de Mario Vargas Llosa
Depois de O Amor nos Tempos de Cólera, este é o segundo romance de uma colecção de tiragem única com que a Dom Quixote assinala os seus 60 anos. Tradução de J. Teixeira de Aguilar. Nas livrarias a 10 de Junho.
Condor, de António Carlos Cortez
Na leitura alegórica que o autor aqui propõe, o condor é o próprio poema, augúrio, profecia e símbolo de um despertar pessoal e colectivo.
Esta obra poética, com o selo da Editorial Caminho, chega às livrarias a 10 de Junho.
Uma Questão de Culpa, de Jørn Lier Horst
O best-seller que inspirou a terceira temporada da série Wisting, transmitida no AMC. Tradução de Francisco Silva Pereira, nas livrarias a 17 de Junho.
A Desconhecida do Retrato, de Camille de Peretti
Mais um título de Literatura Traduzida da Dom Quixote, com tradução de Joana Cabral. Ganhou os Prémios: Prix Maison de la Presse, Prix des Romancières, Prix du Roman Marie Claires, Prix Nice Baie des Anges, Prix de la Passion e Prix Charles-Exbrayat.
Nas livrarias a 17 de Junho.
Beleza Vermelha, de Arantza Portabales
Este policial, traduzido para o nosso idioma por Rui Elias, estará nos escaparates daslivrarias a 24 de Junho.
Um cadáver, seis possíveis assassinos. Ninguém está livre de suspeitas, nem mesmo a própria vítima. Um crime passional em Santiago de Compostela narrado pela nova senhora do romance policial espanhol.
Cruzeiros de Inverno, de Mário Cláudio
Nas livrarias a 27 de Junho.
Uma obra de que emana o humor e a verve que só Mário Cláudio consegue resgatar a percursos de vida tão singulares e tão pouco conhecidos dos leitores.
Mudar de Ideias, de Aixa de la Cruz
Literatura Traduzida por Pedro Rapoula. Vencedor do Prémio Euskadi de Literatura em Castelhano, Vencedor do Prémio Librotea Tapado, Finalista do Prémio Dulce Chacón. Aterra nas livrarias a 30 de Junho.A Violinista, de Harriet Constable
A Casa das Letras lança este retrato escaldante de ambição e traição. É a história irreprimível de uma mulher e da sua ascensão ao topo. É também a história das órfãs de Veneza que superaram a miséria e o abuso para fazer música, e cujas contribuições para algumas das obras mais importantes da música clássica.Mentiras em Cadeia, de Sophie Stava
Mesmo quando pensamos que a verdade vai ser descoberta, a história toma um novo rumo. E o suspense recomeça. E é de cortar a respiração…
Liane Moriarty, autora de Nove Perfeitos Desconhecidos, Pequenas Grandes Mentiras e Quem Sai aos Seus, diz que este livro é «a própria definição de leitura compulsiva!» Um romance de estreia a não deixar escapar! Edição da Lua de Papel.
Outra novidade da Dom Quixote: Lobos, de Tânia Ganho.
quarta-feira, 28 de maio de 2025
«Lobos» marca o regresso de Tânia Ganho à ficção
Lobos marca o regresso de Tânia Ganho ao romance, apresentando ao leitor personagens que enfrentam os seus demónios num momento de viragem das suas vidas e do mundo.
Neste romance protagonizado por quatro personagens em rota de colisão – consigo mesmas, com o mundo, e entre si – a autora aborda temas que lhe são caros e que marcam a actualidade: as relacções pessoais, a noção de privacidade e a descoberta da sexualidade na era digital. Num mundo de referências essenciais em constante redefinição, os seus protagonistas buscam a normalidade. Com Lobos, uma poderosa reflexão sobre o que é ser humano perante o Mal, Tânia Ganho confirma o seu estatuto literário.
A obra, que segue-se a Apneia (2020) e O Meu Pai Voava (2024), tem o selo da Dom Quixote e será publicada a 10 de Junho.
Texto sinóptico
Fedra passou mais de vinte anos nalguns dos piores lugares da Terra. Depois de ter estado no Ruanda, Kosovo, Iraque, Mali, a antropóloga forense regressa por fim a casa. O seu novo trabalho no Instituto de Medicina Legal obriga-a a mergulhar diariamente nas profundezas sórdidas da dark net, uma experiência irreparavelmente solitária.
Stefan vive na cabana que construiu numa floresta. Após décadas de nomadismo, o antigo repórter de guerra alemão leva uma vida de eremita, procurando na sua relação com a natureza um contraponto à crueldade humana que testemunhou.
Leonor, uma adolescente de 14 anos, isola-se no apartamento familiar, num bairro privilegiado de Lisboa, após ser vítima de um crime sexual. Helena, a mãe, revela-se incapaz de lidar com o trauma e refugia-se numa obsessão que ameaça destruí-la a ela e à filha.
Nos bastidores destas vidas que se entrelaçam, Amélia, uma mulher no limite da memória e da sobrevivência, guarda a chave de um mistério que poderá nunca ser desvendado.
A escritora e tradutora literária Tânia Ganho - que cedeu uma entrevista em 2020 para este blogue (aqui) - tem publicados também A Lucidez do Amor (2010) e A Mulher-Casa (2012), ambos com o selo da Porto Editora.
terça-feira, 27 de maio de 2025
Novo livro de Raimundo Quintal intitula-se «Flores do Nosso Jardim»
Flores do Nosso Jardim é o título do mais recente livro de Raimundo Quintal, publicado pelas Edições Letras Lavadas, chancela do grupo Publiçor. O álbum contém mais de duzentas fotografias a cores de flores de árvores, arbustos, trepadeiras e herbáceas.
Texto de apresentação
Alcandorado na arriba sobranceira à Fajã do Mar, na baía do Faial, no nordeste da Ilha da Madeira, o Jardim do Tojal, com uma área aproximada de 1000 m2, é um recanto onde, em novembro de 2024, prosperavam 504 tipos de plantas, com predomínio para as de origem subtropical.
Cuidámos com carinho, bromélias e justícias-vermelhas, da América tropical, gincos e hortênsias, da Ásia oriental, próteas e flores-paraquedas, da África meridional, grevíleas e fetos-arbóreos, da Austrália, leptospermos, da Nova Zelândia, cedros, dragoeiros, marmulanos e cilas, da Madeira. No nosso ‘cottage garden’, localizado 200 metros acima do nível do oceano, tratámos com igualdade de direitos a estrangeira faia-europeia e a nativa faia-das-ilhas, a exótica árvore-da-canela e o loureiro indígena, o folhado da Europa Mediterrânica e o folhado da Madeira. Durante doze anos, praticámos uma jardinagem ecologicamente sustentável e jamais nos esquecemos de que as plantas são seres sencientes.
O autor
Nasceu no Funchal, em 1954. Doutorado em Geografia Física pela Universidade de Lisboa. Investigador no Centro de Estudos Geográficos, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Universidade de Lisboa. Vereador com o Pelouro do Ambiente, Educação e Ciência da Câmara Municipal do Funchal, entre 1994 e 2002. Entre os projetos de conservação da natureza, de requalificação paisagística e de educação ambiental que liderou, destacam-se a criação do Parque Ecológico do Funchal e o Galardão Ouro das Cidades e Vilas Floridas da Europa (2000).
Fundador da Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal e presidente da direção desde fevereiro de 2002. Autor de livros e de numerosos artigos de Fitogeografia, Ecologia e Educação Ambiental. Autor e realizador de 84 documentários sobre património natural e cultural, exibidos em televisões nacionais e internacionais. Coordenador do projeto de restauração da biodiversidade, que a Associação dos Amigos do Parque Ecológico do Funchal vem realizando no maciço montanhoso do Pico do Areeiro, Ilha da Madeira, desde 2001. Responsável científico do projeto de requalificação do Jardim Botânico José do Canto, em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, 2014 — 2017. Responsável científico pela criação e desenvolvimento do Campo de Educação Ambiental do Santo da Serra — Eva e Américo Durão, Ilha da Madeira, desde abril de 2019.
Livros publicados pela Letras Lavadas
Árvores dos Açores – Ilha de São Miguel | Trees of the Azores – São Miguel Island (2020), Plantas do Jardim António Borges / Plants of the António Borges Garden (2021), Ilha da Madeira – 300 Árvores / Madeira Island – 300 Trees (2022), Mata do Dr. Fraga – Herança Viva de um Madeirense (2022) e Flores de Cá e de Lá (2023).
A história da publicação de «O Diário de Anne Frank» entre os lançamentos da Livros do Brasil
Thomas Sparr nasceu na Alemanha, em 1956. Estudou Literatura e Filosofia, foi professor e actualmente é editor da Suhrkamp, considerada como uma das mais importantes editoras da Europa. Publicou, entre outros, os livros Grunewald im Orient (2018) e Todesfuge (2020). O livro que conta a história de O Diário de Anne Frank, Quero Continuar a Viver depois da Minha Morte, é o título que marca a sua estreia em Portugal.Texto sinóptico
Fechada num anexo secreto em Amesterdão, escondida dos nazis, Anne Frank sonhava vir a tornar-se uma escritora famosa. Anne morreu com quinze anos num campo de concentração, mas o seu pai, Otto Frank, o único elemento da família a sobreviver ao Holocausto, quis cumprir o seu sonho. Em 1947, saía nos Países Baixos Het Achterhuis, a primeira edição do diário de Anne Frank, hoje um dos livros mais lidos em todo o mundo. Mas a história da publicação deste que é indubitavelmente o mais famoso dos testemunhos tornados públicos no pós-Segunda Guerra Mundial não se fez sem vicissitudes, sem trabalho árduo e acasos felizes – e é agora pela primeira vez contada. Thomas Sparr teve acesso ao arquivo do Anne Frank Fonds, aos documentos da família e a uma série de informações de intervenientes internacionais e revela neste livro a empolgante aventura de como os cadernos de uma adolescente se transformaram n’O Diário de Anne Frank.Ernest Hemingway (1899-1961) terá trabalhado em O Jardim do Paraíso, texto repleto de tensão e erotismo por mais de uma década, sem nunca o dar como concluído. Quando já postumamente, em 1986, a obra por fim foi publicada revelou-se um romance inquestionavelmente magistral, aclamado pela crítica e pelos leitores e surpreendente dentro do cânone do autor. Um retrato poderoso das relações humanas e do apelo da transgressão por um dos grandes mestres da literatura do século XX. Em 1953, Hemingway ganhou o Prémio Pulitzer, com O Velho e o Mar, e em 1954 o Prémio Nobel de Literatura.
Texto sinóptico
David e Catherine Bourne são um jovem casal americano em lua de mel no sul de França. Em dias longos e luminosos, sucedem-se as refeições bem regadas, os passeios de bicicleta e em carros desportivos, os demorados banhos de mar e de sol, as idas provocatórias ao cabeleireiro. Todas as manhãs, David redige mais um par de páginas do seu próximo livro, mas, para já, o dinheiro está assegurado por uns tempos e querem continuar a viajar, a divertir-se, a quebrar convenções. Conhecem então a bela Marita e entre os três desenham-se laços cada vez mais enredados, à medida que também a escrita do romance de David se aproxima dramaticamente do final.
As mais recentes publicações com o selo das Edições Letras Lavadas
Elisabeth Phelps – Com a Madeira no coração
de Cláudia FariaElisabeth Dickinson (1796-1876), filha do Capitão Thomas Dickinson (1754-1869) e de Francis de Brissac (1760-1854), chega à Madeira em 1819 acompanhada pelo seu marido, Joseph Phelps, um dos herdeiros da Phelps Page & Co. Instalada no Funchal, na rua do Carmo, a jovem integra-se no círculo britânico residente na capital madeirense. Enquanto se dedica à família e até aos negócios, ocupa-se do bem-estar e da melhoria das condições de vida da população local, tendo mesmo estabelecido uma escola para raparigas.
Detentora de um espírito aventureiro e de um carácter pragmático e dinâmico, Mrs. Phelps foi pioneira na organização de excursões aos pontos mais altos da ilha, de picnics e plantação de árvores. Viveu na Madeira durante mais de 40 anos, aprendendo a conhecer e a disfrutar da ilha que a recebeu de braços abertos. Adoptou alguns hábitos madeirenses e introduziu outros que trouxe de Londres. Viveu entre cá e lá, mas sempre com a Madeira no coração.Ler Natália Correia, interpretá-la, compreendê-la e conhecer o seu pensamento não são tarefas que se concretizam e se esgotam num volume com cerca de uma centena de páginas. Natália pervive e deve ser estudada com afinco, rigor e persistência. Os sete estudos que integram o presente volume pretendem ser disso mais um exemplo. Procura-se, por um lado, dar a conhecer ao leitor hodierno a produção nataliana, evidenciando o quão vasta e diversificada é, e, por outro, pretende-se promover e estimular a investigação científica e académica sobre o legado da mulher que se definiu “metade fêmea, metade mar como as sereias.”
Os capítulos que compõem Diversa e Absoluta. Estudos sobre a Obra de Natália Correia abrangem tanto a obra narrativa da autora, como também a lírica e integra, ainda, um ensaio sobre uma peça dramática de Natália.
Os estudos que agora se reúnem neste volume resultam de um trabalho de investigação que se desenvolveu ao longo do ano de 2024, por parte de Rui Tavares de Faria.
Minha querida, encontrei-as! Estão aqui todas, as nove ilhas dos Açores. Pequenas ilhas cheias de orações e santuários e sinos vespertinos, enfiadas num fio de água, como as dezenas nas voltas de um Rosário do Mar. Lady Bobs equilibra-se com leveza feminina, muito humor e virtuosa elegância no cruzamento entre a literatura de viagem e o romance epistolar. Escrito após uma digressão de Jean Chamblin pelo arquipélago açoriano, o livro oferece um interessante retrato da sociedade micaelense em inícios do século XX. Por entre descrições de paisagens rurais que se iluminam ou fantasmagorizam consoante os caprichos do clima, o olhar sensível da viajante americana capta as pessoas, lugares e costumes ilhéus, tecendo uma narrativa ancorada no casamento fértil entre a estranheza, o equívoco, a ironia e o fascínio. Um livro imprescindível, finalmente publicado nos Açores. - Paulo RamalhoEste Diário de um homem só, chegou ao termo do seu prazo de validade, após 12 meses de desabafos e dor, cumpriu a missão, e não sendo de catarse, expurgou silêncios, prantos e medos, neste doentio e anómalo sossego, nesta calma podre, nesta serenidade irreal, nesta tranquilidade artificial de autocontrolo, nesta paz doméstica da solidão, sem agitação da vida em comum, sem o dessossego da tua doença, sem o tumulto das tuas crises, sem a desordem do lento e inexorável caminhar terminal do teu enfisema pulmonar. O tempo passa, aumenta a saudade, a dor, a impotência de te rever apenas em fotos e filmes, sem poder(mos) regressar aos locais que passam, todo o dia, nas imagens na moldura digital em frente a mim.
A habilidade de Lélia Pereira da Silva Nunes em reproduzir literária e afetivamente suas memórias de infância e trazê-las para o presente hipnotizam o leitor/leitora. Neste Casa do tempo, uma experiência coletiva geográfica e historicamente situada – os Açores e a Ilha de Santa Catarina, sua gente e sua cultura – ganha, nas teclas dessa admirável intelectual catarinense, uma verdade pessoal e comunitária a que o leitor se alia sem pestanejar.
O eu único da narradora se revela na escritura do eu-social. Lélia, ao se referir a autores tais Nereu Corrêa, que ela aproxima de Miguel Torga, às relações culturais entra as ilhas citadas, como os ritos religiosos e profanos respectivos, ao realçar a importância de Othon d’Eça, de Ana Luiza de Azevedo e Castro, Willy Zumblick e das festas do Divino Espírito Santo, nos fala da condição humana universal.
Não posso deixar de sublinhar a referência ao elo da convergência cultural entre a literatura dos catarinenses e a literatura nascida nos Açores. Vozes de diferentes histórias e gerações a percorrerem os caminhos do mar – Vitorino Nemésio, Eduíno de Jesus, Pedro Almeida Maia, Pedro da Silveira, José Andrade. Escreve sobre o passado com os dois pés no presente, com a autonomia de uma narradora do futuro. Não há nesta bela obra uma ilusão naturalista nem uma mitificação da chamada religião do vivido, mas, sim, uma análise de um eu-sujeito a serviço da arte e da causa Humanista. - Godofredo de Oliveira Neto (Membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Catarinense de Letra)
É publicado livro inédito sobre a história da homossexualidade em Portugal
A Âncora editora publica História da Homossexualidade em Portugal, um estudo inédito sobre a homossexualidade entre os séculos XIII e XX, da autoria do filósofo Victor Correia.
Texto de apresentação
Como este novo livro editado em Portugal, que é inédito no que diz respeito ao tema, preenche-se uma lacuna no mundo editorial nacional e internacional, pois é a primeira vez que é publicado um livro sobre a história da homossexualidade em Portugal.
Muitas pessoas consideram que a homossexualidade é uma coisa do nosso tempo, que é um fenómeno moderno, uma “modernice”, como afirmam alguns em sentido pejorativo. Ora, de maneira nenhuma isso é verdade, que é o que se pretende mostrar com esta obra, apresentando historicamente Portugal como exemplo muito significativo, pois a homossexualidade sempre existiu, ao longo da História de Portugal, e tem muitos factos desconhecidos do público.
Este trabalho é constituído por duas partes: a abordagem da homossexualidade ao longo dos séculos no nosso país, e por um conjunto de anexos, constituídos por documentos antigos.
Este livro pretende ser um instrumento de cultura, não abordando a homossexualidade só em si mesma, mas também ligada à História de Portugal. Tendo como pretexto e fio condutor a homossexualidade em Portugal ao longo da sua História, é também uma forma de conhecer melhor a História de Portugal.
O autor
Victor Correia frequentou a Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino, em Roma - formação em Filosofia. Concluiu a licenciatura em Filosofia, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e pós-graduado em Formação Educacional, na mesma Faculdade, e tem o Mestrado em Estética e Filosofia da Arte, na Faculdade de Letras da Universidade de Letras (certificações obtidas antes do Processo de Bolonha). É doutorado em Filosofia Política e Jurídica, na Universidade da Sorbonne, em Paris. É pós-doutorado em Ética e Filosofia Política, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Tem exercido funções de docência na sua área de formação, e tem organizado e apresentado comunicações em várias conferências. É autor de mais de vinte livros, entre os quais constam Homossexualidade e Homoerotismo em Fernando Pessoa (2018), A Homossexualidade de Fernando Pessoa (2022), Textos de Rejeição para com as Mulheres (2024) e Sexualidade e Erotismo na Bíblia Sagrada (2024).
segunda-feira, 26 de maio de 2025
Oficina da Escrita publica «Coração de Açúcar», um livro de autodescoberta, da autoria de Magda Franco
Magda Franco, nascida no Funchal em 1968, é professora de Inglês do ensino secundário desde 1991 e doutorada em Saúde Mental pela Universidade de Northumbria, no Reino Unido. Publicou artigos de opinião no 'Jornal da Madeira', entre 2009 e 2013. Dedica-se ao estudo do comportamento humano e neurociência. Em 2024, fundou a Academia Magda Franco de Desenvolvimento Humano, com foco em programas de autocrescimento e saúde mental preventiva. O propósito desta marca é de se tornar numa plataforma dedicada ao crescimento integral do ser humano. Escreveu os livros Espelhos de Vida (Ed. Chiado Books, 2016), Fragmentos do Eu, (Ed. Primeiro Capítulo, 2023) e em Novembro de 2024 publicou Coração de Açúcar, com a chancela da Oficina da Escrita.
A obra, cuja sessão de lançamento decorreu a 15 de Novembro transacto no Museu de Eletricidade da Madeira | Casa da Luz, no Funchal, contém catorze capítulos - cada um dedicado a um tema - e oferece vários exercícios simples e práticos.
Excerto
«Este não é um livro de autoajuda mas de autodescoberta! A viagem é de descoberta, de saborear memórias esquecidas, de curar dores que foram suprimidas e que precisam de ser trabalhadas, para que o vosso entendimento sobre a natureza das vossas ações vos faça sentido.» (p. 14)Texto sinóptico
Coração de Açúcar é uma emocionante jornada literária que convida o leitor a explorar as profundezas das suas emoções e a descobrir a verdadeira essência da sua história. com sensibilidade e perspicácia, Magda Franco conduz o leitor por uma dança delicada entre a escritora e a leitora, onde, juntas, percorrem os caminhos incertos da vida.
Ao longo das páginas, cada sentimento, evento e descoberta é cuidadosamente revelado, compondo o Mapa Emocional único de cada pessoa; em alguns momentos, essa jornada será intensa e arrebatadora; noutros, tranquila e reflexiva. no entanto, o fio condutor é o autoconhecimento, a chave para alcançar a harmonia entre coração, mente e corpo.
Nesta obra, a leitora encontrará a sua própria história que se desdobrará com leveza e profundidade, levando-a a rir e, talvez, a derramar algumas lágrimas. Afinal, viver é sentir, e só através da unicidade dos nossos sentimentos é que encontramos a completude.
Em Coração de Açúcar, Magda Franco oferece um convite especial: uma viagem interior ao seu próprio legado. Está pronta para desvendar a sua história?Algumas razões pelas quais deves adquirir este livro:
- Reflexão sobre autoconhecimento e harmonia emocional;
- Uma narrativa sensível sobre sentimentos e descobertas;
- Momentos de leveza e profundidade que tocam o coração.