Depois de livros como Terra Alta, O Impostor e Independência, o escritor espanhol Javier Cercas apresenta-nos mais uma obra escrita de forma magistral. O Louco de Deus no Fim do Mundo é um registo de vida do Papa Francisco, antes e depois do fumo branco da Capela Sistina.
Nesta biografia – que também é uma autobiografia e um tríler –, viajamos ainda pelos corredores do Vaticano com os testemunhos de alguns funcionários e membros da Igreja – como o Cardeal Tolentino de Mendonça –, tendo como principal objetivo a resposta a uma simples pergunta: haverá vida depois da morte?
Texto de apresentação
«Sou ateu. Sou anticlerical. Sou um laicista militante, um racionalista obstinado, um ímpio inveterado. Mas aqui estou, viajando em direção à Mongólia com o velho vigário de Cristo na Terra, disposto a interrogá-lo acerca da ressurreição da carne e da vida eterna. Foi para isso que embarquei neste avião: para perguntar ao Papa Francisco se a minha mãe verá o meu pai depois da morte e para lhe levar a sua resposta. Eis um louco sem Deus perseguindo o louco de Deus até ao fim do mundo.»
Este é o brilhante início de um livro único que nunca pôde ser escrito, pois o Vaticano jamais abriu as suas portas de par em par a um escritor. Mas, além de singular, este é um livro de plenitude, em que o autor consegue transformar uma proposta invulgar numa história magistral: um thriller sobre o maior mistério da história da humanidade.
Com O Louco de Deus no Fim do Mundo, o autor nascido em Cáceres, em 1962, regressa à sua linha mais pessoal, conseguindo relacionar as suas obsessões íntimas com uma das preocupações fundamentais da sociedade de hoje: o papel do espiritual e do transcendente na vida humana, o lugar nela ocupado pela religião e a ânsia de imortalidade.
sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Javier Cercas reflete sobre o passado e o presente da religião em seu novo livro
publicado por Miguel Pestana
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