sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

As mais recentes obras editadas pela Sibila e Balzac Publicações

Estas são algumas das mais recentes novidades literárias da Sibila Publicações - editora que homenageia o génio de Agustina Bessa-Luís, autora do Clássico A Sibila e de uma torrente de outras obras-primas da literatura contemporânea - e os dois primeiros títulos da
Balzac Publicações - uma marca comercial de edição, produção e distribuição de livros, a divisão editorial da Above Below Comunicação e Marketing, empresa portuguesa fundada em 1999.


Tartarin de Tarascon


Texto sinóptico

Tartarin é considerado o herói da pequena cidade francesa de Tarascon, onde é respeitado pelos seus conhecimentos teóricos sobre caçadas. Ele pode não ter o corpo de um atleta, mas, adornado pelo seu boné, é o rei dos caçadores e dos piqueniques, além de declamar versos como ninguém…
Dotado de uma imaginação extraordinária, enquanto descansa no jardim da sua casa, sonha alto com aventuras e façanhas nos lugares mais exóticos. Até ao dia em que se vê, levado pelas circunstâncias e, a despeito de si mesmo, rumo à caça dos grandes leões em África…
Estas são as aventuras rocambolescas, cómicas e divertidas de um homem vaidoso, preso às suas próprias extravagâncias. Neste divertido romance aventuresco, passado entre o sul de França e a Argélia, o escritor Alphonse Daudet cria uma das mais famosas personagens da literatura francesa, Tartarin de Tarascon — nele se reúnem toda a singularidade, a alegria e a ingenuidade dos naturais da região francesa da Provença. O romance também traça, com fina ironia, uma crítica a algumas personagens da vida parisiense do Segundo Império.

O autor
Alphonse Daudet (1840–1897) foi um romancista, poeta e dramaturgo francês.
Por dificuldades financeiras familiares, interrompeu os estudos no liceu de Lyon para trabalhar como vigilante de um colégio. Com a ajuda do irmão, aos 18 anos vai para Paris, dando início à sua vida literária. Tendo já publicado uma coletânea de versos (Les Amoureuses, 1858), consegue emprego no Le Figaro e como secretário do Duque de Morny, ministro de Napoleão III. Em 1862 lança um volume de contos, Le Roman du Chaperon Rouge. Torna-se íntimo de Goncourt e Emile Zola. Em 1866, publica Lettres de Mon Moulin, que coloca Daudet como um dos grandes escritores do seu tempo.
Alistou-se e defendeu Paris (1870) durante o cerco das tropas prussianas à cidade (Guerra Franco-Prussiana), adquirindo experiência bélica. Por problemas de saúde, viajou pela Argélia, onde se inspirou para escrever Tartarin de Tarascon, em 1872. A seguir escreveu dois romances de grande valor literário, Fromont Jeune et Risler Ainé (1873) e Jack (1876), este o mais comovente e realista dos seus romances. Filiou-se na escola naturalista, produzindo obra variada e satírica, retratando as personagens da vida parisiense. Morreu em 1897, depois de anos de sofrimento, causado por doença cerebral. Está sepultado no Cemitério de Père-Lachaise (Paris).


Balzac — O Romance da Sua Vida

Texto sinóptico
Neste grande Balzac, como lhe chamava, Stefan Zweig pretendeu reunir toda a sua experiência literária de escritor, biógrafo e crítico, numa só obra. Na Primavera de 1939, começou a escrever em Londres; quando se mudou para os Estados Unidos em Junho de 1940 e um pouco mais tarde para o Brasil, Zweig deixou para trás seiscentas páginas manuscritas, duas mil páginas de notas e quatrocentos livros anotados. Não tendo conseguido em vida completar este autêntico romance biográfico, que é considerado a sua obra-prima, Balzac foi postumamente editado, com laboriosa minúcia, pelo editor e amigo Richard Friedenthal.


Brasil, Um País do Futuro


Texto sinóptico
Este livro é várias coisas ao mesmo tempo.
É um guia de viagem, essencial.
É a biografia de um país.
É um sucinto livro de história.
É uma grande reportagem.
É o instantâneo de uma época.
É um manifesto pacifista.
É uma utopia de sociedade.
É o último capítulo de uma autobiografia.

«Como poderá conseguir-se, no mundo, viverem os seres humanos pacificamente uns ao lado dos outros, apesar de todas as diferenças de raças, classes, pigmentos, crenças e opiniões?» Stefan Zweig, que foi, no seu tempo, o maior escritor do mundo, foi ao Brasil em busca da resposta.

Excerto da sua autobiografia
«Toda a prolixidade, toda a indulgência, tudo o que é vagamente laudatório (sic), indefinido, pouco claro, tudo o que retarda superfluamente num romance, uma biografia, um debate intelectual, me irrita. Só um livro que cada folha mantém o ritmo e arrebata o leitor até à última página me proporciona um deleite completo. […]. Necessariamente [esta atitude] tinha que se transferir da leitura de obras alheias para a escrita das minhas próprias, educando-me a um cuidado especial».

O autor
Stefan Zweig nasceu a 28 de novembro de 1881 em Viena e é um dos mais importantes autores europeus da primeira metade do século XX. Dedicou-se a quase todas as atividades literárias: foi poeta, ensaísta, dramaturgo, novelista, contista, historiador e biógrafo. De ascendência judaica, empreendeu em 1934 um exílio voluntário da Áustria, então sob domínio do regime fascista de Dollfuss (austrofascismo), e viveu na Inglaterra, nos Estados Unidos da América e no Brasil, onde viria a morrer em 1942. Da sua extensa obra, destacam-se as novelas Amok (1922) e Confusão de Sentimentos (1927), o ensaio Brasil, País do Futuro (1941) e a autobiografia O Mundo de Ontem (1942). Novela de Xadrez foi a sua obra derradeira, concluída pouco antes da sua morte, a 22 de fevereiro de 1942.


O Livro das Rainhas


Texto sinóptico
O que acontece às mulheres durante os conflitos no Médio Oriente.
Um romance que desafia o abuso sistemático do poder das autoridades políticas e religiosas que continuam a esmagar vidas e sonhos de gerações sucessivas. O Livro das Rainhas é uma saga familiar que cobre quatro gerações de mulheres apanhadas no remoinho trágico das guerras territoriais e sofrimento do Médio Oriente — desde o genocídio arménio e da ocupação israelita da Palestina até às guerras-civis modernas e aos conflitos entre cristãos e muçulmanos no Líbano e na Síria.
Quatro rainhas de um baralho de cartas a quem o destino deu uma má mão — Qayah, Qana, Qadar e Qamar — formam os ramos da mesma árvore genealógica, enraizada na sua terra natal apesar dos ventos fortes que tentam repetidamente afastá-las. Uma linhagem de mulheres invulgares, unidas através dos laços do sangue que lhes corre nas veias — que a violência foi espalhando ao longo das épocas —, cada qual com uma história profunda e todas com um poder inabalável feito da resistência, perante a adversidade de se ser mulher numa região dividida pela guerra.
Com uma perfeita mestria de escrita contemporânea, Joumana Haddad consegue construir um romance de intensidade extraordinária sem nunca se afundar no sentimentalismo ou na grandiloquência. Um romance de personagens inesquecíveis que nos revela a História Contemporênea do Médio Oriente e nos faz reflectir sobre o amor, a lealdade, a família, a coragem das escolhas.

A autora
Joumana Haddad é uma premiada escritora, poeta, tradutora literária, editora e jornalista. Em 2008, lançou a primeira revista cultural e erótica do mundo árabe, Jasad (Corpo), que fez manchetes em todo o mundo. Nos últimos anos, tem integrado a lista das cem mulheres árabes mais poderosas, iniciativa de uma revista árabe de Economia. Eu Matei Xerazade (Sibila, 2017) foi aclamado pela crítica, traduzido em treze línguas e adaptado para o teatro. No catálogo da Sibila também consta, da sua autoria, os títulos O Super-Homem é Árabe (2019) e O Terceiro Sexo (2021).

Ela e Ele
, de George Sand, e Desamparo, de Inês Pedrosa, são outras obras de grande destaque com o selo Sibila Publicações.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Entre as novidades de Fevereiro da Tinta da China constam livros de Antero de Quental e Machado de Assis

Após As Fadas, Contracapas, Bom Senso, Bom Gosto e Causas da Decadência dos Povos Penínsulares, a Tinta da China publica, a 2 de Fevereiro, Prosas I - Coimbra, 1857-1866, o primeiro volume da prosa completa de Antero de Quental. Este vasto projecto, com edição de Ana Maria Almeida Martins (autora de Antero de Quental e a Viagem à América) será concretizado em três volumes, incluindo alguns inéditos e textos não incluídos em antologias anteriores. Este primeiro livro abarca os tempos de Coimbra, de 1857 a 1866.

«A partir da leitura do seu primeiro artigo, ‘A Educação das Mulheres’ (Junho de 1859), assistimos ao início da peregrinação de um jovem de 16 anos, quase a completar 17 quando o escreveu, até às ‘primeiras’ Odes Modernas, de Julho de 1865, já com 23, e à carta a Castilho, ‘Bom Senso e Bom Gosto’, prelúdio da Questão Coimbrã, que marca definitivamente o advento da nossa modernidade, sobretudo poética, literária lato sensu e também política, da segunda metade do século XIX.» — Ana Maria Almeida Martins, in Prefácio


Quincas Borba, considerado o mais desconcertante romance de Machado de Assis é lançado a 23 de Fevereiro, com uma conversa‑posfácio de Abel Barros Baptista e Clara Rowland, directores da colecção. Deste escritor brasileiro, reconhecido como o maior expoente da literatura brasileira, já foram editadas pela Tinta da China as obras Memorial de Aires e Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Quincas Borba é o filósofo demente, inventor de uma doutrina desvairadamente optimista, que morre no penúltimo capítulo do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas. Reaparece no romance seguinte de Machado de Assis, este Quincas Borba, morrendo outra vez mas agora no começo. Deixa um cão, a quem deu o seu próprio nome, e vasto património, legado a um inopinado herdeiro universal, certo Rubião, com a condição de tratar do cão «como se cão não fosse, mas pessoa humana». Adivinha‑se a extravagância que espera o leitor a cada capítulo; e de facto trata‑se do mais desconcertante romance de Machado de Assis. Entre divagação e narração, a imaginação vai prevalecendo sobre os factos, e num mesmo tecido enredam‑se a herança e o cão, a loucura e a paixão amorosa, a força do dinheiro e o poder da dívida — e o riso! «A sombra da sombra de uma lembrança grotesca» — lê‑se a certa altura — «projeta‑se no meio da paixão mais aborrecível»… a comédia é cruel, o desastre, inevitável. Talvez seja o supremo exemplo da arte literária de Machado de Assis.

Outro livro de Machado de Assis que será publicado em breve: Esaú e Jacob (Guerra & Paz Editores).

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Romances vindos de França e do Japão entre os lançamentos do Grupo Presença


Marie Vareille nasceu na Borgonha em 1985, é autora de vários bestsellers (como Là où tu iras, j’ira, Ecrire un roman e La Dernière allumette), com quase um milhão de vendas em todo o mundo. O Desaparecimento de Sarah Leroy ganhou o 'Prix des lecteurs Système U' e o 'Prix des lecteurs de la librairie Lamartine'.
Será publicado pela Marcador a 5 de Fevereiro.

Sinopse
O desaparecimento de Sarah Leroy, aos quinze anos, virou do avesso a vida da pequena vila de Bouville-sur-Mer e comoveu toda a França. Em cada casa, em cada esquina, as pessoas tinham as suas próprias convicções e especulavam sobre o que realmente lhe teria acontecido. Mas aqueles que sabiam permaneceram em silêncio.
Vinte anos depois, Fanny regressa ao local da tragédia que marcou a sua juventude. E todo um passado que ela preferia esquecer ressurge…. Porque esta não é apenas a história de Sarah Leroy, é também a de Angélique, Jasmine e Morgane - é a história das «Desencantadas».
É uma narrativa que nos traz à memória os primeiros cigarros, as promessas de amizade, o cloro da piscina local, as primeiras festas, as primeiras vezes e os segredos mais pesados.

Crítica
«Marie Vareille escreveu um romance absolutamente incrível. Esta história é brilhante, inteligente, espantosa e contundente.» @entredeuxpages



Romance finalista do Naoki Prize, A Floresta de Lã e Aço, de Natsu Miyashita, nascida em 1967, em Fukui, no Japão, venceu o Prémio dos Livreiros Japoneses para 'Melhor Livro do Ano', tendo sido adaptado para o cinema pelo realizador Kojiro Hashimoto. Este é um romance para todos os que procuram o verdadeiro sentido da vida. Uma edição da Presença, já à venda.

Sinopse
Naquele dia, — ele não mudou. Naquele dia, ele nasceu outra vez.
Tomura tem dezasseis anos. A sua vida é, como tantas, uma sequência de dias iguais… até escutar, ao longe, um piano. Tomura está na escola, quando ouve um afinador trabalhar no instrumento. De imediato, a melodia toca-o profundamente, toma-lhe a alma e o coração, e transporta-o para as misteriosas florestas que rodeiam a sua aldeia natal, aninhada nas escarpas de uma montanha. Há bruma, negrume, luz. E há, agora, um rapaz que parece nascer outra vez.
Guiado por três mestres de afinação - um muito humilde, outro muito alegre, e um terceiro mais temperamental -, Tomura está determinado a não largar o que sentiu naquele momento, a aprender, a procurar dentro de si e no piano, diante dele, a música que nunca conhecera mas, afinal, sempre estivera na floresta da sua infância. Serei eu capaz? Conseguirei eu encontrar, de novo, a harmonia nesta floresta de lã e aço?
Passada no Japão rural, esta é uma história reconfortante e mágica sobre a jornada transformadora de um rapaz até ao último destino: o lugar daqueles que procuram, sem cessar, o seu verdadeiro propósito na vida.

Críticas
«Se dá por si a pensar sobre o sentido da vida, sobre o que andamos todos, cada um à sua maneira, a fazer aqui, este livro vai comovê-lo e não o esquecerá tão cedo.» Japan Times

«Uma história sobre a absoluta beleza das pequenas coisas, sobre como a harmonia entre humanos e a Natureza pode criar a mais maravilhosa melodia do mundo.»
Corriere Della Sera

Outras novidades do Grupo Presença
A Teoria dos Arquipélagos, da espanhola Alice Kellen; Amanhã, Amanhã, da italiana Francesca Giannone, autora de A Carteira.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Os primeiros ensaios de 2025 da Fundação FMS

Chegam hoje às bancas três ensaios da Fundação Francisco Manuel dos Santos. A 25 de Fevereiro serão lançados os 'Retratos' Os Filhos de Monte Gordo, O jornal e Os salatinas.

A Inteligência Artificial Generativa, de Arlindo Oliveira
Na área da inteligência artificial, o futuro é feito de incógnitas. Uma delas é se as máquinas serão algum dia capazes de ser inteligentes, de pensar e até de sentir, tal como o ser humano. As respostas passam pela inteligência artificial generativa.

A Qualidade do Ar, de Francisco Ferreira
Quando poluído, o ar é o nosso maior inimigo ambiental e dos ecossistemas. Este ensaio identifica os principais poluentes atmosféricos em Portugal e como podemos agir contra eles.

Aprender, de Nuno Crato
Como melhorar o nosso sistema de ensino, a partir dos desenvolvimentos na área das ciências cognitivas, dos estudos estatísticos, da economia da educação e das análises comparativas internacionais? Respostas neste ensaio.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

«A Melhor Forma de Enterrar o Teu Marido» entre as novidades da SdE

Eis algumas das próximas publicações a sair em Fevereiro pelas chancelas do Grupo Saída de Emergência: Edições Desassossego, Chá das Cinco e Saída de Emergência.

Porque Sonhamos

Sonhar é uma das funções mais incompreendidas do cérebro. Os sonhos mudaram vidas, incitaram negócios, inspiraram arte, descobertas científicas, e até desencadearam invasões militares. Contudo, a fonte dos sonhos não é misteriosa. Eles são o produto de uma transformação extraordinária que ocorre no cérebro quando dormimos.
Neste livro pioneiro, o neurocirurgião Rahul Jandial explora o cérebro que sonha, partilhando histórias da sua prática clínica para mostrar o impacto extraordinário que os sonhos têm na nossa vida quando estamos acordados. Sonhar fortalece a capacidade de controlar emoções, processa e armazena memórias, amplifica a criatividade e promove a aprendizagem. Certos distúrbios dos sonhos podem até alertar para doenças como Parkinson, anos antes de outros sintomas.
Partilhando as últimas descobertas da neurociência, este livro contém respostas para algumas questões fundamentais: Porque sonhamos? Como sonhamos? O que significam os sonhos? E, mais importante, dormimos para sonhar?

Rahul Jandial é neurocirurgião e neurobiólogo, conhecido por realizar operações complexas em casos de cancro. O seu primeiro livro, Life Lessons from a Brain Surgeon, foi campeão de vendas do Sunday Times. Há cerca de um ano foi publicado em Portugal, pela Contraponto Editores, Neurofitness.


A Melhor Forma de Enterrar o Teu Marido

Às vezes, têm de ser as mulheres a resolver definitivamente os problemas…
Sally leva uma vida tranquila. Pelo menos até matar o marido com uma frigideira. Livrar-se do corpo caído na sua cozinha não será tarefa fácil, principalmente em pleno confinamento.
O caminho de Sally rapidamente se cruza com o de Ruth, cujo companheiro acaba de ser vítima de um acidente fatal, e com o de Samira e Leila, uma mãe e a sua filha, que também têm de se desfazer de um cadáver. As quatro vizinhas, acompanhadas por Janey, formam então um estranho clube social de confinamento para tentarem escapar juntas desta situação aparentemente impossível de resolver.
Depois de chegarem ao ponto de rutura nas suas vidas, conseguirão estas mulheres encontrar a melhor forma de enterrar os seus maridos — e escapar impunes?

Alexia Casale é consultora de guiões, com mais de uma década de experiência como editora especializada na área da violência masculina contra mulheres e jovens, tendo sido editora executiva numa publicação internacional sobre direitos humanos. Formou-se na Universidade de Cambridge e fez o seu doutoramento em Essex. A Melhor Forma de Enterrar o Teu Marido é o seu romance de estreia.


Os Bastardos de Hitler

Em 1945 terminava a Segunda Guerra Mundial e o mundo respirava de alívio. Contudo, os horrores do conflito mais sangrento da História não desapareceram com a capitulação dos nazis. Nos escombros de uma Europa destruída, vagueavam milhões de crianças perdidas ou órfãs. Crianças a quem fora roubada a infância e a família. Para sobreviverem, estas crianças entreajudavam-se, estabelecendo laços de amor e amizade mais fortes que o sangue.
Neste contexto, apareceu a UNRRA, um organismo internacional de ajuda humanitária que acolhia e repatriava as crianças que ficaram sozinhas depois da guerra. Foi neste organismo que se voluntariou Martha Jones, uma jovem que queria fazer a diferença e que acabou por encontrar nos escombros enregelados de Salzburgo o propósito para a sua vida.
Para milhões de crianças europeias, o fim da guerra não significou o fim do pesadelo. Muitas lutavam pela sobrevivência todos os dias. Outras eram raptadas para repovoar a população envelhecida das potências europeias. A maioria nunca viu a sua história ser contada. Os Bastardos de Hitler conta a história destas crianças.

Francisco Ramalheira é professor. Depois de Mãe (2024), esta é a sua nova obra.

«Amor na Grande Cidade», um romance emocionante sobre um jovem gay coreano em busca da felicidade

Com tradução assinada por Paulo M. Morais (a partir de Love in the Big City), a Dom Quixote publica a 25 de Fevereiro Amor na Grande Cidade, livro nomeado para o International Booker Prize 2022, nomeado Melhor Livro do Ano LGBT pela BuzzFeed e constou da seleção da New York Times Book Review.
Celebrado como uma das melhores estreias dos últimos anos, este livro de
Sang Young Park (n. 1988), que trabalhou durante sete anos como editor de revistas, redator e copyrighter, antes de se estrear como escritor, esteve meses entre os cinco livros mais vendidos de ficção na Coreia, teve 26 edições e foi elogiado pela crítica por revelar uma voz literária única, tendo rapidamente conquistado o mercado mundial.
Adaptado 
a uma série de televisão de grande sucesso, traduzido em mais de uma dezena de línguas, este é um romance de formação tocante e divertido sobre um jovem gay em busca da felicidade na grande e solitária cidade de Seul.

Young é um estudante cínico e sem cheta, mas simpático e divertido, que salta constantemente da cama para as aulas e das aulas para as camas dos parceiros que vai arranjando no Tinder.
Ele e Jaehee – a sua melhor amiga e companheira de casa – frequentam juntos os bares da vizinhança, onde afogam as mágoas e preocupações com o dinheiro e a família e partilham a ansiedade em relação à sua vida amorosa. Porém, com o tempo, Jaehee tem de deixar Young porque decide casar-se e este não tem outro remédio senão procurar companheirismo e amizade entre os dois homens com quem se relaciona, um dos quais é tão excessivamente bonito como frio, enquanto o outro bem pode ser o grande amor da sua vida.
A juntar a tudo isto, Young tem a dado momento de cuidar da mãe doente, mesmo que ela nunca tenha apoiado as suas orientações na vida.
Brilhantemente escrita, esta história levar-nos-á à noite fulgurante de Seul e às suas manhãs enevoadas, com humor e emoção, constituindo um retrato irónico e inteligente da solidão vivida nas grandes metrópoles.

Outras novidades da editora (ver aqui) a lançar até ao final de Fevereiro
Lá em Baixo no Vale, de Paolo Cognetti
A Escolha de Karla, de Nick Harkaway
Mesa para Dois, de Amor Towles
A Praça do Diamante, de Mercè Rodoreda
Simpatia, de Rodrigo Blanco Calderón

sábado, 25 de janeiro de 2025

Novo romance de Han Kang, «Despedidas Impossíveis», já está à venda


«Receber o Nobel foi uma enorme alegria, um grande privilégio. Tocou-me muito. Mas ainda só tenho 54 anos. Se tudo correr bem, tenho muita vida e escrita pela frente. Assim o espero.» Este é um excerto de uma entrevista que Han Kang, a autora galardoada com o Prémio Nobel da Literatura 2024, deu em exclusivo à revista 'Visão' (edição de 22 de Janeiro). Conhecida por dar poucas entrevistas internacionalmente, a escritora sul-coreana escolheu Portugal para o fazer, a propósito da publicação do seu mais recente romance, editado pela Dom Quixote a 14 deste mês.

Despedidas Impossíveis (traduzido do inglês por Maria do Carmo Figueira e Ana Saragoça)que venceu na edição francesa o Prémio Médicis 2023 na categoria de romance estrangeiro, é um hino à amizade, uma elegia à imaginação e, acima de tudo, um poderoso manifesto contra o esquecimento. Como um longo sonho de inverno, estas páginas belíssimas formam muito mais do que um romance – iluminam uma memória traumática, enterrada ao longo de décadas, que ainda hoje ecoa no peito de muitas famílias.

«A prosa de Han Kang é delicada como pegadas na neve [...] Inesquecível.»
Hernán Diaz

«Han Kang é uma das autoras mais poderosas e dotadas no mundo.»
Katie Kitamura

Excerto de abertura
«Uma neve esparsa caía.
Eu estava num terreno plano que subia uma colina baixa. Ao longo do cume desta colina e descendo pela sua face visível até à junção com a planície, milhares de troncos negros emergiam da terra.»

Texto sinóptico

Numa manhã gelada de dezembro, Kyungha recebe uma mensagem da sua amiga Inseon – internada num hospital de Seul na sequência de um ferimento grave a cortar madeira – pedindo-lhe que a visite urgentemente. Quando Kyungha chega à enfermaria, Inseon conta-lhe que veio de avião da ilha de Jeju para ser tratada urgentemente e implora-lhe que vá a sua casa dar de comer e beber ao seu periquito, que de contrário morrerá.
Uma tempestade de neve fustiga a ilha à chegada de Kyungha e muitos dos autocarros foram cancelados ou sofreram atrasos. As rajadas de vento e o nevão constante não a deixam avançar e de repente a escuridão invade tudo. Kyungha não sabe se chegará a tempo de salvar a ave – nem mesmo se sobreviverá ao frio tremendo daquela noite; e não sabe também a vertigem que a aguarda em casa da amiga, onde a história há muito sepultada da família de Inseon acaba por revelar-se, em sonhos e memórias transmitidas de mãe para filha e num arquivo diligentemente organizado que documenta um terrível massacre ocorrido em Jeju.

Outras obras da autora
A Vegetariana
(2016), Atos Humanos (2017), O Livro Branco (2019) e Lições de Grego (2023).

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

«O Silêncio dos Livros» de George Steiner está de volta às livrarias

A 28 deste mês a Gradiva lança uma nova edição de O Silêncio dos Livros, da autoria de George Steiner (1929-2020), uma das grandes mentes do mundo literário contemporâneo. Leccionou nas Universidades de Cambridge e de Genebra. Além de ter publicado recensões críticas e artigos em revistas e jornais como The New Yorker e The Guardian, Steiner escreveu diversas obras, como Linguagem e Silêncio, Os Livros Que Não Escrevi, As Lições dos Mestres e A Poesia do Pensamento.
Com tradução assinada por Miguel Serras Pereira, esta edição é prefaciada pelo escritor, filósofo e professor universitário Onésimo Teotónio Almeida.

Sinopse
Temos tendência para esquecer que os livros, eminentemente vulneráveis, podem ser suprimidos ou destruídos. Têm a sua história, como todas as outras produções humanas, uma história cujos primórdios contêm, em gérmen, a possibilidade, a eventualidade de um fim.
George Steiner sublinha assim a permanência incessantemente ameaçada e a fragilidade da escrita, interessando-se paradoxalmente por aqueles que quiseram – ou querem – o fim do livro. A sua abordagem entusiástica da leitura une-se aqui a uma crítica radical das novas formas de ilusão, de intolerância e de barbárie produzidas no seio de uma sociedade dita esclarecida.
Esta fragilidade, responde Michel Crépu, não nos remeterá para um sentido íntimo da finitude que nos é transmitido precisamente pela experiência da leitura? Esta estranha e doce tristeza que se encontra no âmago de todos os livros como uma luz de sombra.
A nossa época está prestes a esquecer-se disto. Nunca os verdadeiros livros foram tão silenciosos.


Já conheces as tote bags da Gradiva?

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Livro sobre Menopausa, elogiado por Naomi Watts e Gwyneth Paltrow, chega às livrarias


Lisa Mosconi é professora de Neurologia e diretora de uma Clínica de Prevenção de Alzheimer em Nova Iorque. Em Menopausa – o seu cérebro em mudança (editado pela Ideias de Ler),  a aespecialista revela a ciência por trás das mudanças no cérebro feminino e partilha estratégias para viver esta fase com saúde e energia.
A menopausa é muito mais do que ondas de calor e mudanças de humor, é uma transformação significativa que começa no cérebro. No livro, a neurocientista apresenta uma visão científica e prática para que as mulheres possam encarar este período com confiança, saúde e vitalidade.

«A Dra. Lisa Mosconi é uma das principais especialistas no cérebro da menopausa. Este novo livro excecional é de leitura obrigatória e recomendo-o com todo o coração.» Naomi Watts

«Considero-me alguém que consumiu muito conteúdo sobre hormonas. Mas nunca tinha realmente compreendido como as mudanças hormonais afetam o cérebro até ler Menopausa – o seu cérebro em mudança. [...] Fiquei impressionada com a forma linda como a Lisa apresenta a menopausa como uma oportunidade para sentir e ver o valor das mulheres, que vai muito além de qualquer janela reprodutiva.» Gwyneth Paltrow

A Transformação Hormonal (Ed. Casa das Letras, 2024) é outro livro que pode interessar.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Porto Editora publica livro de memórias que venceu o Prémio Strega 2023


Entre as novidades deste mês da Porto Editora, destaque vai para o livro vencedor do Prémio Strega 2023, o mais importante galardão literário de Itália, que desde
1947 premeia a melhor obra de ficção em prosa escrita em língua italiana (Cesare Pavese, Primo Levi e Umberto Eco são alguns escritores que já venceram este Prémio). Relembrar que A Idade Frágil, de Donatella di Pietrantonio, é o romance mais recente a vencer este galardão.

Ada d’Adamo (1967-2023) foi uma escritora e dançarina, que a poucos dias de ver o seu romance nomeado para este egrégio prémio, faleceu em Roma, vítima de doença prolongada. Como o Ar, que teve tradução para Português a cargo de Sara Ludovico, é um romance de extraordinária força, um relato do inabalável amor entre uma mãe e uma filha (marcada à nascença por múltiplas deficiências físicas e mentais), e é também uma história de coragem em que cada momento é oferecido ao leitor como uma dádiva.

Texto sinótico
O destino de Daria, a filha, começa a escrever-se quando um diagnóstico inesperado vem ensombrar o seu nascimento. A vida de Ada, a mãe, sofre um enorme sobressalto quando, quase aos cinquenta anos, descobre que uma doença grave lhe consome o corpo e encurta os dias. Mais do que sentença de morte, o cancro que lhe vai roubando as forças torna-se uma oportunidade para se dirigir à filha e contar-lhe a sua história.
Tudo passa pelos corpos de Ada e Daria: as lutas quotidianas, a raiva, os segredos, mas também as alegrias inesperadas e os momentos de uma ternura infinita. Dilacerantes, as palavras que a mãe oferece à filha atravessam o tempo – passado e presente entrelaçam-se numa dança que parece eterna.

Excerto de abertura
«Há já algum tempo que me deixei de lembrar das coisas. Custa-me dar um nome às pessoas, a pronunciar palavras.»

Elogios da imprensa

«Há casos extremos em que a literatura ‘serve’ o escritor e o leitor. […] É um livro que irradia felicidade.» Corriere de la Sera

«Um livro mágico... uma gigantesca história de amor que opta por nunca fazer contas, somas e subtrações, quanto bem e quanta dor. Mas não se esquece.» La Stampa

«Como o Ar não é apenas a crónica de uma vida quotidiana nas trincheiras, mas é, incrivelmente, um hino à vida, pois é uma lufada de ar, uma lufada de coisas boas.» Avvenir

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

«Ala D» é o 10.º livro de Freida McFadden a ser publicado em Portugal


Além de Votos Eternos, Jejum para Mulheres e O Mundo em 2050, acaba de chegar às livrarias Ala D, o novo tríler psicológico de Freida McFadden.

Pior do que passar a noite numa ala psiquiátrica, é não conseguir sair de lá. Este é o mote do novo tríler psicológico da autora de A Criada. Este décimo livro de Freida McFadden que a Alma dos Livros edita no nosso país é tido como o seu livro de suspense mais viciante e perturbador.

«Altamente viciante e repleto de jogos mentais, o novo livro de Freida McFadden é um thriller psicológico cheio de reviravoltas, surpreendente e inesquecível!» Amazon

Texto sinóptico
Amy Brenner, estudante de medicina, prepara-se para passar a noite numa ala psiquiátrica fechada. Além dos créditos extra, pensou que seria uma ótima oportunidade para se distrair do fim do namoro com Cameron.
Amy teme a sua noite de trabalho na Ala D, a unidade de internamento de saúde mental do hospital, e tem razões muito específicas pelas quais tem vindo a adiar esta rotação noturna obrigatória. Razões que ninguém poderá descobrir.
Quando Amy faz a ronda da noite, ouve um barulho vindo do Quarto de Isolamento Um. Parece alguém a rosnar. E pior, parece que essa pessoa está a tentar arrombar a porta. Amy fica aterrorizada, mas sabe que, aconteça o que acontecer, não se irá aproximar daquele quarto.
À medida que as horas passam, Amy fica cada vez mais convencida de que algo terrível está a acontecer dentro daquela ala de alta segurança. Quando os pacientes e o pessoal começam a desaparecer sem deixar rasto, torna-se claro que todos na unidade estão em grave perigo.
O pior pesadelo de Amy era passar a noite na Ala D. Agora, pode nunca mais sair de lá.

ASA e Dom Quixote publicam livros dos escritores italianos Michela Marzano e Gianni Solla

Continuo à Espera de que me Peçam Desculpa e O Ladrão de Cadernos são dois romances de autores italianos, que chegam às livrarias a 28 de Janeiro.

Michela Marzano (n. 1970) é filósofa, escritora com vários livros editados e cronista. Os seus temas de investigação incluem o corpo e o seu estatuto ético, a ética sexual e a ética da medicina e a filosofia moral. Continuo à Espera de que me Peçam Desculpa (tradução de Sara Peres) é um romance que penetra no coração do que significa ser mulher e explora a linha fina e delicada entre consentimento e abuso. Um romance extremamente atual, candidato ao Prémio Strega, sobre como às vezes só muito tarde as mulheres percebem como sofreram abusos.

Sinopse
Houve alturas em que Anna acreditou na igualdade que recompensa independentemente do género, «que não quer saber se usas maquilhagem ou como são as tuas pernas».
Mas depois, como muitas raparigas e mulheres, sentia necessidade de ser vista e de se sentir especial. E, perante os olhares, as mãos e as palavras dos homens, não conseguia deixar de ceder – espaço, voz, partes de si –, embora dividida entre o desejo de se mostrar e o pavor de o fazer.
E agora, que dá aulas num mestrado em jornalismo, dá por si a discutir o legado do #MeToo com muitos jovens, enquanto pensa em todas as vezes que cedeu.
Quantas interpretações damos à palavra «consentimento»? Quando é que podemos ter a certeza de que um «sim» não esconde uma hesitação?
Anna procura culpados, mas não tem a certeza de se poder considerar uma vítima. Terá de se perdoar a si mesma, olhando‑se introspetivamente com coragem e sinceridade, para se poder aceitar e seguir em frente. Em todo o caso, continua à espera de que lhe peçam desculpa.
Com a curiosidade e a inteligência que caracterizam a sua escrita, Michela Marzano convida-nos a refletir acerca da relação ambígua que temos com os outros e com o nosso próprio corpo.


Ana Maria Pereirinha assina a tradução de O Ladrão de Cadernos, o primeiro romance do italiano Gianni Solla (n. 1974) a ser publicado em Portugal. Esta obra deste autor de contos, peças de teatro e romances conta-nos uma magnífica história de superação, de amizade e de amor em tempos de guerra.

Sinopse
Tora e Piccilli (a norte de Caserta), setembro de 1942.
Davide passa os dias, e às vezes também as noites, com os porcos que guarda: conhece-os tão bem que os chama pelo nome. Nasceu coxo e, por isso, é humilhado pelos outros rapazes e maltratado pelo pai. Só Teresa, que passa as tardes a trabalhar na cordoaria da família e aproveita todo o tempo livre para ler, tem coragem de sair em sua defesa. Davide não consegue imaginar outra vida que não a que tem em Tora.
Teresa, pelo contrário, repete constantemente que um dia irá para longe, e Davide sabe que ela está a falar a sério.
A chegada de trinta e seis judeus vindos de Nápoles, enviados para a aldeia pelas autoridades fascistas, mudará para sempre as suas vidas. Nicolas, um rapaz judeu de uma beleza inquieta, traz consigo um mundo desconhecido e convulsiona os seus dias. Davide começa a frequentar secretamente as aulas do pai de Nicolas, que monta uma escola clandestina.
E, assim, o filho analfabeto de um fascista aprende a ler e a escrever graças a um judeu. Juntos, Davide, Teresa e Nicolas exploram não só o campo em torno da aldeia, mas também o território não expresso dos sentimentos.
O fantasma de Nicolas acompanhará Davide nos anos do pós-guerra, em Nápoles.
Quando ele arranja um trabalho pesado numa fábrica, quando começa por acaso a frequentar uma companhia de teatro, quando – agora já homem, outro homem – pisa o palco como ator aclamado.
E será precisamente Nicolas, vivo mas semelhante a um fantasma, que o reconduzirá a Tora, onde tudo começou.
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domingo, 12 de janeiro de 2025

Manuscrito Editora publica livros sobre como superar a procrastinação e traumas de infância

Como superar a procrastinação de uma vez por todas é o propósito do livro Vencer a Procrastinação, da autoria de Paulo Moreira, especialista em Inteligência Emocional, docente e autor de Inteligência Emocional, (relançado em Agosto último pela Manuscrito) e do livro Gerir Emoções.

De Márcia Inês Coelho, especialista em Trauma, Saúde Mental, Inteligência Emocional e Terapias de Terceira Geração, com diversas formações de aprofundamento em Psicotraumatologia, Teoria Polivagal e Neurobiologia do Vínculo, é apresentado aos leitores Quando Algo Não Está Bem, livro que visa compreender o trauma e cuidar das feridas emocionais do passado.

Estes dois livros estarão à venda a partir do dia 22 deste mês, com o selo da Manuscrito Editora. Relembrar que uma das recentes grandes apostas desta chancela do Grupo Presença foi o livro Não Complique, do Psiquiatra Diogo Guerreiro.



Sinopse

80% a 95% dos estudantes procrastinam em algum momento;
75% dos estudantes definem-se como procrastinadores, ou seja, fazem desse comportamento um hábito;
95% da população em geral procrastina;
15% a 20% dos adultos procrastinam cronicamente.

Todos procrastinamos. Somos humanos, é normal que isso aconteça. Seja porque não nos apetece mesmo nada ir às compras, ajudar os miúdos com os trabalhos de casa ou fazer aquele relatório aborrecido para o trabalho, adiar ou protelar uma tarefa é tão natural quanto respirar. O problema surge quando não conseguimos evitá-lo: quando a procrastinação é uma constante, as consequências vão muito além do nosso desempenho. Ela corrói tudo à nossa volta - até a nossa saúde mental.
Ao adiar uma tarefa, aumentamos os níveis de stresse. Quando pensamos nas inúmeras consequências negativas que daí podem advir, a nossa amiga ansiedade bate-nos à porta. E vem acompanhada da culpa e da vergonha, que não demoram muito a afetar a autoestima. Nesta onda de mal-estar, é difícil fazer o que quer que seja. Por isso, procrastinamos mais um pouco… e entramos em desespero, porque não sabemos o que fazer para romper o ciclo.
Está na altura de parar. Neste livro, Paulo Moreira, especialista em Inteligência Emocional, desafia-o a vencer o jogo da procrastinação com recurso a 36 estratégias práticas que pode introduzir ainda hoje na sua vida. Encare este desafio como uma diversão em que, no fim, vai alcançar o maior prémio de todos: tempo. Na verdade, tempo que não nos é roubado pela procrastinação é tempo que nos sobra para nos dedicarmos a algo que nos vai trazer realização, propósito e até felicidade.

Outros livros sobre a temática: STOP Procrastinação e A Arte de Adiar.



Sinopse

O tempo não cura todas as feridas. As dores da infância não desaparecem miraculosamente com os triunfos da vida adulta, as inseguranças da adolescência não se diluem assim que alcançamos uma carreira estável, e uma relação amorosa traumática não se esquece só porque encontrámos a pessoa certa.
Mesmo que tenhas tido uma infância normal, bons pais ou que o mundo esteja cheio de acontecimentos terríveis bem piores do que aqueles que viveste, muitos dos teus frequentes sentimentos de inadequação, bloqueio ou incompletude podem, afinal, ter origem num trauma.
Márcia Inês Coelho mostra-nos neste livro, que não são apenas as grandes tragédias que nos afetam profundamente, guiando-nos num exercício de reencontro com partes nossas que foram perdidas, reprimidas ou negadas ao longo da vida.
Quando Algo Não Está Bem é, acima de tudo, uma viagem aos nossos pequenos traumas, feridas e buracos emocionais. E é também uma jornada de crescimento emocional - realista e amoroso - em que aprendemos a reconciliar-nos com a nossa vulnerabilidade e a resgatar a nossa força pessoal.
Porque, acredita, o trauma faz parte da vida, mas o poder de nos refazermos, também.

Outro livro que pode interessar: O Corpo Não Esquece.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Sucesso de vendas «O Casamento Perfeito», da americana Jeneva Rose, chega a Portugal



Da mesma autora de Não Devias Ter Vindo, a Saída de Emergência publicará a 6 de Fevereiro o livro O Casamento Perfeito, edição com edges. Este romance de estreia da americana Jeneva Rose, foi, em 2020, um sucesso imediato e marcou presença na lista de bestsellers durante várias semanas.
The Perfect Marriage,
com direitos adquiridos para filme,
com mais de 850.000 ratings no Goodreads, colheu elogios de muitos escritores, como os seguintes: Colleen Hoover, Samantha Downing, Hank Phillippi Ryan, Samantha M. Bailey e J.T. Ellison.

Dos seus 9 livros (O Divórcio Perfeito está previsto ser publicado no Verão de 2025), alguns já foram traduzidos para mais de 10 línguas.

Book teaser.

Sinopse
Defenderia o seu marido se ele fosse acusado de matar a amante?
Sarah Morgan é uma poderosa e bem-sucedida advogada de defesa em Washington. Aos trinta e três anos, foi nomeada sócia na fi rma onde trabalha e a sua vida segue o rumo que ela planeou.
O mesmo não se pode dizer de Adam, o seu marido, um escritor em dificuldades que tem pouco sucesso na carreira. Para piorar, está a ficar cansado da relação com Sarah, queapenas pensa no trabalho.Numa floresta isolada, onde têm uma casa de férias, Adam envolve-se, apaixonadamente, com Kelly Summers. Até que, numa manhã, tudo muda. Adam é detido pelo homicídio de Kelly, que foi encontrada esfaqueada a casa dos Morgan.
De repente, Sarah fica numa situação impossível: abandonar ou aceitar defender o seu marido? E Adam, será culpado ou inocente?

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

O livro que inspirou o fime 'Ainda Estou Aqui', protagonizado por Fernanda Torres


A Dom Quixote publica a 14 de Janeiro
Ainda Estou Aqui, o livro que deu origem ao filme homónimo, protagonizado por Fernanda Torres, que ontem venceu o Globo de Ouro de Melhor Actriz de Drama pela sua prestação.
'Ainda Estou Aqui', realizado por Walter Salles (o mesmo que produziu 'Central do Brasil'), que venceu também o prémio de Melhor Argumento no Festival de Veneza, lançou a actriz brasileira na corrida aos Óscares.
O filme
(com participações de Selton Mello e Fernanda Montenegro) estreia nas salas portuguesas no próximo dia 16.

Neste livro de memórias, Marcelo Rubens Paiva traça a história dramática da luta da sua família pela verdade.

Sinopse
Eunice Paiva é uma mulher de muitas vidas. Casada com o deputado Rubens Paiva, esteve ao seu lado quando foi cassado e exilado, em 1964.
Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto.
No meio daquela dor, ela reinventou-se. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmaras.
Ao falar de Eunice, e da sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento obscuro da história recente do Brasil para contar – e tentar entender – o que de facto ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele mês de Janeiro de 1971.

O autor
Marcelo Rubens Paiva nasceu em 1959, em São Paulo. É escritor, dramaturgo e jornalista. O seu primeiro livro, Feliz ano velho, foi publicado em 1982 e recebeu o Prémio Jabuti de Literatura – Autor Revelação. A seguir, lançou, entre outros, os romances Blecaute (1986), Não és tu, Brasil (1996), Malu de bicicleta (2003), A segunda vez que te conheci (2008) e, mais recentemente, Do começo ao fim (2022).