Estas são algumas das mais recentes novidades literárias da Sibila Publicações - editora que homenageia o génio de Agustina Bessa-Luís, autora do Clássico A Sibila e de uma torrente de outras obras-primas da literatura contemporânea - e os dois primeiros títulos da Balzac Publicações - uma marca comercial de edição, produção e distribuição de livros, a divisão editorial da Above Below Comunicação e Marketing, empresa portuguesa fundada em 1999.
Texto sinóptico
Tartarin é considerado o herói da pequena cidade francesa de Tarascon, onde é respeitado pelos seus conhecimentos teóricos sobre caçadas. Ele pode não ter o corpo de um atleta, mas, adornado pelo seu boné, é o rei dos caçadores e dos piqueniques, além de declamar versos como ninguém…
Dotado de uma imaginação extraordinária, enquanto descansa no jardim da sua casa, sonha alto com aventuras e façanhas nos lugares mais exóticos. Até ao dia em que se vê, levado pelas circunstâncias e, a despeito de si mesmo, rumo à caça dos grandes leões em África…
Estas são as aventuras rocambolescas, cómicas e divertidas de um homem vaidoso, preso às suas próprias extravagâncias. Neste divertido romance aventuresco, passado entre o sul de França e a Argélia, o escritor Alphonse Daudet cria uma das mais famosas personagens da literatura francesa, Tartarin de Tarascon — nele se reúnem toda a singularidade, a alegria e a ingenuidade dos naturais da região francesa da Provença. O romance também traça, com fina ironia, uma crítica a algumas personagens da vida parisiense do Segundo Império.
O autor
Alphonse Daudet (1840–1897) foi um romancista, poeta e dramaturgo francês.
Por dificuldades financeiras familiares, interrompeu os estudos no liceu de Lyon para trabalhar como vigilante de um colégio. Com a ajuda do irmão, aos 18 anos vai para Paris, dando início à sua vida literária. Tendo já publicado uma coletânea de versos (Les Amoureuses, 1858), consegue emprego no Le Figaro e como secretário do Duque de Morny, ministro de Napoleão III. Em 1862 lança um volume de contos, Le Roman du Chaperon Rouge. Torna-se íntimo de Goncourt e Emile Zola. Em 1866, publica Lettres de Mon Moulin, que coloca Daudet como um dos grandes escritores do seu tempo.
Alistou-se e defendeu Paris (1870) durante o cerco das tropas prussianas à cidade (Guerra Franco-Prussiana), adquirindo experiência bélica. Por problemas de saúde, viajou pela Argélia, onde se inspirou para escrever Tartarin de Tarascon, em 1872. A seguir escreveu dois romances de grande valor literário, Fromont Jeune et Risler Ainé (1873) e Jack (1876), este o mais comovente e realista dos seus romances. Filiou-se na escola naturalista, produzindo obra variada e satírica, retratando as personagens da vida parisiense. Morreu em 1897, depois de anos de sofrimento, causado por doença cerebral. Está sepultado no Cemitério de Père-Lachaise (Paris).
Texto sinóptico
Neste grande Balzac, como lhe chamava, Stefan Zweig pretendeu reunir toda a sua experiência literária de escritor, biógrafo e crítico, numa só obra. Na Primavera de 1939, começou a escrever em Londres; quando se mudou para os Estados Unidos em Junho de 1940 e um pouco mais tarde para o Brasil, Zweig deixou para trás seiscentas páginas manuscritas, duas mil páginas de notas e quatrocentos livros anotados. Não tendo conseguido em vida completar este autêntico romance biográfico, que é considerado a sua obra-prima, Balzac foi postumamente editado, com laboriosa minúcia, pelo editor e amigo Richard Friedenthal.
Texto sinóptico
Este livro é várias coisas ao mesmo tempo.
É um guia de viagem, essencial.
É a biografia de um país.
É um sucinto livro de história.
É uma grande reportagem.
É o instantâneo de uma época.
É um manifesto pacifista.
É uma utopia de sociedade.
É o último capítulo de uma autobiografia.
«Como poderá conseguir-se, no mundo, viverem os seres humanos pacificamente uns ao lado dos outros, apesar de todas as diferenças de raças, classes, pigmentos, crenças e opiniões?» Stefan Zweig, que foi, no seu tempo, o maior escritor do mundo, foi ao Brasil em busca da resposta.
Excerto da sua autobiografia
«Toda a prolixidade, toda a indulgência, tudo o que é vagamente laudatório (sic), indefinido, pouco claro, tudo o que retarda superfluamente num romance, uma biografia, um debate intelectual, me irrita. Só um livro que cada folha mantém o ritmo e arrebata o leitor até à última página me proporciona um deleite completo. […]. Necessariamente [esta atitude] tinha que se transferir da leitura de obras alheias para a escrita das minhas próprias, educando-me a um cuidado especial».
O autor
Stefan Zweig nasceu a 28 de novembro de 1881 em Viena e é um dos mais importantes autores europeus da primeira metade do século XX. Dedicou-se a quase todas as atividades literárias: foi poeta, ensaísta, dramaturgo, novelista, contista, historiador e biógrafo. De ascendência judaica, empreendeu em 1934 um exílio voluntário da Áustria, então sob domínio do regime fascista de Dollfuss (austrofascismo), e viveu na Inglaterra, nos Estados Unidos da América e no Brasil, onde viria a morrer em 1942. Da sua extensa obra, destacam-se as novelas Amok (1922) e Confusão de Sentimentos (1927), o ensaio Brasil, País do Futuro (1941) e a autobiografia O Mundo de Ontem (1942). Novela de Xadrez foi a sua obra derradeira, concluída pouco antes da sua morte, a 22 de fevereiro de 1942.
Texto sinóptico
O que acontece às mulheres durante os conflitos no Médio Oriente.
Um romance que desafia o abuso sistemático do poder das autoridades políticas e religiosas que continuam a esmagar vidas e sonhos de gerações sucessivas. O Livro das Rainhas é uma saga familiar que cobre quatro gerações de mulheres apanhadas no remoinho trágico das guerras territoriais e sofrimento do Médio Oriente — desde o genocídio arménio e da ocupação israelita da Palestina até às guerras-civis modernas e aos conflitos entre cristãos e muçulmanos no Líbano e na Síria.
Quatro rainhas de um baralho de cartas a quem o destino deu uma má mão — Qayah, Qana, Qadar e Qamar — formam os ramos da mesma árvore genealógica, enraizada na sua terra natal apesar dos ventos fortes que tentam repetidamente afastá-las. Uma linhagem de mulheres invulgares, unidas através dos laços do sangue que lhes corre nas veias — que a violência foi espalhando ao longo das épocas —, cada qual com uma história profunda e todas com um poder inabalável feito da resistência, perante a adversidade de se ser mulher numa região dividida pela guerra.
Com uma perfeita mestria de escrita contemporânea, Joumana Haddad consegue construir um romance de intensidade extraordinária sem nunca se afundar no sentimentalismo ou na grandiloquência. Um romance de personagens inesquecíveis que nos revela a História Contemporênea do Médio Oriente e nos faz reflectir sobre o amor, a lealdade, a família, a coragem das escolhas.
A autora
Joumana Haddad é uma premiada escritora, poeta, tradutora literária, editora e jornalista. Em 2008, lançou a primeira revista cultural e erótica do mundo árabe, Jasad (Corpo), que fez manchetes em todo o mundo. Nos últimos anos, tem integrado a lista das cem mulheres árabes mais poderosas, iniciativa de uma revista árabe de Economia. Eu Matei Xerazade (Sibila, 2017) foi aclamado pela crítica, traduzido em treze línguas e adaptado para o teatro. No catálogo da Sibila também consta, da sua autoria, os títulos O Super-Homem é Árabe (2019) e O Terceiro Sexo (2021).
Ela e Ele, de George Sand, e Desamparo, de Inês Pedrosa, são outras obras de grande destaque com o selo Sibila Publicações.