sábado, 27 de setembro de 2025

Um olhar sobre a escrita de Annie Ernaux

Com mais de cinquenta anos de vida literária, Annie Ernaux revela em A Escrita como Uma Faca o seu olhar sobre o mundo e o seu método de trabalho, onde o intimista se torna universal, onde a palavra se torna arma. Este novo título da vencedora do Prémio Nobel em 2022, traduzido por Maria Etelvina Santos, será publicado a 2 de Outubro pela Livros do Brasil, chancela do Grupo Porto Editora.

Sinopse
Durante cerca de um ano, sem qualquer regularidade ou guião predefinido, o escritor Frédéric-Yves Jeannet enviou a Annie Ernaux perguntas e reflexões sobre os seus textos. Foi este o ponto de partida para A Escrita como Uma Faca, um relato introspetivo sobre o modo como a autora de Os Anos e O Acontecimento olha para a palavra e o seu registo e, em particular, a sua missão. «Tenho a sensação de que, no meu caso, na minha situação de trânsfuga, a escrita é aquilo que posso fazer de melhor, como ato político e como dádiva.» 

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Chega em Outubro o tríler mais aguardado de Riley Sager

Treze Horas para Chicago é o tão esperado novo livro de Riley Sagerum dos pseudónimos de Todd Ritter, autor norte-americano dos tríleres mais vendidos em todo o mundo. Depois de conquistar os leitores com A Casa do Outro Lado do Lago (2023) e Sobreviver a Esta Noite (2024), o autor, atualmente com 51 anos, transporta-nos agora para uma leitura compulsiva. Para Freida McFadden, este é «um thriller com suspense frenético e reviravoltas de perder o fôlego».
Cláudia Aurélio assinou a tradução desta obra (a partir de With a Vengeance), que vai ser lançada em Outubro pela Guerra & Paz. 

Texto sinóptico
Em 1942, seis pessoas destruíram a família de Anna Matheson. Doze anos depois, chegou a hora da sua vingança. 
Sob falsos pretextos, Anna reúne todos os responsáveis pela ruína da sua família num comboio de luxo que parte de Filadélfia com destino a Chicago, numa viagem nocturna de treze horas.
O seu plano é simples: confrontar cada um, conseguir as suas confissões e entregá-los às autoridades que a aguardam no final do trajecto. 
Este acerto de contas, meticulosamente calculado, descarrila quando um dos passageiros é assassinado. À medida que o comboio avança pela escuridão, fica claro que alguém a bordo está a executar a sua própria vingança… e não vai parar até que todos os tripulantes estejam mortos. 
O tempo esgota-se rapidamente e Anna vê-se obrigada a investigar quem é o assassino antes que faça novas vítimas, e para isso terá de proteger precisamente aqueles que mais quer ver destruídos. Salvar os seus inimigos é a única forma de os derrotar… ainda que isso signifique) arriscar a sua própria vida.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

O muito aguardado primeiro romance de Woody Allen


What's With Baum? é o título do romance de estreia de Woody Allenpublicado ontem pela editora Swift Press. A obra do argumentista e realizador norte-americano, actualmente com 89 anos, aprofunda temas de ansiedade e autoconsciência através de um jornalista e escritor judeu. Que Se Passa com o Baum? será lançado no nosso país pelas Edições 70 no dia 9 de Outubro. Do autor, encontram-se publicados por esta chancela do grupo Almedina os livros A Propósito de Nada  - Autobiografia (2020) e Gravidade Zero (2022).

Texto sinóptico
Baum, um jornalista judeu de meia-idade que se tornou romancista e dramaturgo, vive consumido de ansiedade por tudo o que mexe. Os seus livros densamente filosóficos recebem críticas mornas, e a sua prestigiada editora nova-iorquina deu-lhe com os pés. O seu terceiro casamento está por um fio, e ele desconfia de que o seu irmão mais novo seduziu a sua mulher. Sente-se desconfortável com a relação próxima desta com o filho, um autor mais bem-sucedido do que ele, e suspeita da proximidade dela com o vizinho. Para piorar a situação, num impulso irracional, tentou beijar uma jovem e bonita jornalista durante uma entrevista — o que ela está prestes a divulgar.

Que Se Passa com o Baum? é o primeiro romance de Woody Allen e é tudo o que se poderia esperar — e mais ainda. O retrato de um intelectual paralisado por preocupações neuróticas sobre a futilidade e o vazio da vida; um vislumbre divertido do meio editorial nova-iorquino; e, acima de tudo, uma obra de ficção altamente estimulante e que promete abalar o mundo literário.

Outro livro sobre Woody Allen: 
Como Woody Allen Pode Mudar a Sua Vida, de Éric Vartzbed (2012).

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

São de ficção os novos livros de Daniel Sampaio e José Gameiro

São romances os novos livros dos psiquiatras Daniel Sampaio (n. 1946) e José Gameiro (n. 1949), ambos fundadores da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, em 1979, juntamente com outros quatro Doutores. Publicaram há quarenta anos, a obra Terapia Familiar (Ed. Afrontamento, 1985), o primeiro livro no nosso país sobre o assunto. A terapia familiar foi um marco importante na disseminação da terapia familiar sistémica como abordagem para tratar questões de saúde mental. Diversos cursos subsequentes utilizaram o livro como material de estudo, e muitos alunos basearam seus trabalhos nas ideias apresentadas nas suas páginas.  

Daniel Sampaio, que podemos ouvir semanalmente no podcast 'O Nosso Olhar Para Ti', centra as suas obras no quotidiano da família e da escola e tem-se dedicado ao estudo e à intervenção junto de jovens em risco. Um Amor Que não se Diz, a editar pela Caminho a 14 de Outubro, combina ficção e ensaio, trata da vida privada de Luís e de Guilherme, unidos, “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza”, por um amor que não se diz.

Sinopse
Já no seu livro anterior – Para Tão Curtos Amores Tão Longa Vida – Daniel Sampaio explora as grandezas e misérias de um casamento hétero longo de 50 anos. Um Amor Que Não Se Diz é uma penetração lúcida e muito corajosa nesse universo da homossexualidade que, apesar dos avanços recentes em direitos e respeito pela diferença, continua ainda muito longe das legítimas aspirações que nos animam.


Depois de Ser Psiquiatra (Ed. Tinta da China, 2023) e Manual de Infidelidade (Ed. Avenida da Liberdade, 2024) será publicado um novo livro de José Gameiro, com a chancela Clube do Autor. Em O Outro, o co-autor do podcast 'A Invenção do Amor', revela a experiência, a sabedoria e a sensibilidade do reconhecido psiquiatra que há mais de 40 anos ajuda casais a viver o amor. Esta obra, que se poderia qualificar de romance técnico, explora a intensidade de uma paixão proibida e a complexidade das diferentes relações amorosas. Nas livrarias a 1 de Outubro. 

Sinopse
Divorciado e em paz com a sua vida, Luís apaixona-se inesperadamente por uma mulher casada. De repente, passa a ser o Outro, uma condição nova e inquietante. Narrado sob a forma de diários íntimos, este livro aborda os sentimentos e as contradições de três personagens unidas pelo destino num delicado triângulo amoroso. Esta não é a história clássica de infidelidade. Através dos desabafos mais profundos dos protagonistas, este livro explora outras dimensões de uma relação extraconjugal. Entre a crise no casamento e a magia da nova paixão, os três procuram o seu caminho para a felicidade, feito de hesitações e emoções fortes, sem nunca esquecer os seus princípios. Cada episódio deste percurso é escrito de uma forma espontânea, íntima e genuína, permitindo ao leitor captar a complexidade das relações amorosas e dos seus diversos matizes. 
Um retrato comovente e real da mente humana e das profundas conexões que se estabelecem entre homens e mulheres e que ninguém consegue antecipar ou controlar.

Do mesmo autor:
Até que Consigas Voar (Ed. Matéria-Prima, 2014) e Talvez para Sempre (Ed. Matéria-Prima, 2017).

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Os Ensaios e Retratos da Fundação de Setembro

Chegam às bancas e livrarias novos Ensaios (à venda desde dia 9) e Retratos (a partir de 23 deste mês), mais contributos para o conhecimento da realidade portuguesa.

Portugal e o tempo
, de Fernando Correia de Oliveira
Este livro analisa como Portugal tem vivido o Tempo, nos seus aspectos cultural, sociológico, económico e científico. A viagem percorre sete mil anos, dos alinhamentos megalíticos aos relógios atómicos, passando pelos de sol e pela relojoaria mecânica, nas suas vertentes grossa (de torre), média (de sala, de parede, de mesa), e fina (de bolso e de pulso). O destino final é um país com um atraso endémico na sua relação com Cronos e a explicação para este nosso fado.

A participação cívica em Portugal, de José Carlos Mota
Este livro analisa a evolução da participação cívica em Portugal, no contexto do 50º aniversário do 25 de abril. Esclarece conceitos e metodologias, ilustra práticas e iniciativas promovidas por cidadãos e pela administração local, e identifica desafios e possibilidades para uma ação coletiva mais democrática, inclusiva e pluralista. A bem de todos e de cada um.

Desigualdades em saúde, de Ricardo de Sousa Antunes
Este livro discute como, em Portugal, o acesso ao sistema de saúde depende não só da disponibilidade e distribuição adequada de recursos, mas também da capacidade dos utentes para o utilizarem de modo eficiente, influenciada por condicionantes sociológicas. Com uma análise detalhada das assimetrias, também por comparação no contexto europeu, reflete sobre os desafios para assegurar a equidade de um atendimento em saúde digno para todos. 


Um tesouro no deserto: O Algarve entre montes e memórias
, de Rui Araújo
Este retrato, feito por um jornalista sem pressas, mochila às costas, narra uma viagem singular no espaço e no tempo. Descreve o isolamento imposto aos idosos que teimam em permanecer nos montes onde nasceram e ergueram telhado, sobretudo em Alcoutim, um dos dez concelhos do país com as mais baixas taxas de natalidade. Lá onde a terra acaba e nenhum mar começa, e o único tesouro são as pessoas.

A francofonia em Portugal: Está bem e recomenda-se, de Helena Tecedeiro

Este retrato percorre Lisboa para medir a presença e o prestígio da língua francesa em Portugal. Dos locais de ensino, da Alliance Française ao Liceu Charles Lepierre, passando pelas escolas públicas, do Instituto Francês de Portugal à Embaixada de França. Do testemunho de franceses muito portugueses ao de famílias nacionais muito francófonas. O francês está a perder influência? A resposta pode surpreender.

O tanto que grita este silêncio: Porque se abstêm os portugueses?, de Nelson Nunes
Em vez da cruz, deixam inscrito um espaço em branco: «Prefiro não votar.» Grosso modo, mais de metade dos portugueses são abstencionistas. O que os caracteriza? Que motivos os levam a abster-se? Desinteresse ou protesto? A abstenção, enquanto expressão negativa, é um sinal de democracia saudável? Ou o voto, enquanto responsabilidade cívica, deveria ser obrigatório?

domingo, 14 de setembro de 2025

Próximos lançamentos da editora Planeta


Mario Alonso Puig é médico, especialista em cirurgia geral e do aparelho digestivo. Além da sua prática como cirurgião durante 26 anos, formou-se e trabalhou dois anos no Instituto de Ciências Neurológicas de Madrid. Em 2012, recebeu o prémio de Melhor Comunicador em Saúde pela ASEDEF. É autor de 11 livros.

Texto sinóptico
Todos nós enfrentamos, no nosso dia a dia, desafios perante os quais precisamos de atuar com calma, entusiasmo e confiança, se queremos convertê-los em oportunidades extraordinárias de aprendizagem e crescimento pessoal. 
Em Reinicia a Tua Mente, o prestigiado médico Mario Alonso Puig mostra-nos aspetos surpreendentes, e muitas vezes desconhecidos, da fascinante relação que existe entre o cérebro, a mente e a nossa realidade. Se desejamos aumentar a nossa autoestima e potenciar capacidades como a inteligência, a memória, a intuição, a criatividade, a liderança ou o espírito empreendedor, precisamos de saber como aceder ao nosso grande potencial adormecido, e despertá-lo. 
Neste livro, o autor explica-nos, de forma simples e inspiradora, os caminhos que o cérebro e a mente seguem para criar a realidade em que vivemos. Se desejamos desfrutar de um maior nível de bem-estar, prosperidade e felicidade, é fundamental que saibamos influenciar os processos que impactam de forma decisiva a nossa maneira de perceber, pensar, sentir e agir.


Lisa Vicente é médica assistente graduada em Ginecologia-Obstetrícia, com uma pós-graduação em Medicina Sexual. Criou e é responsável pela Consulta de Saúde Reprodutiva da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP). Atualmente, é membro da Direção da Competência de Sexologia da Ordem dos Médicos, presidente do Colégio da Competência de Sexologia e coordenadora da Comissão da Sexualidade Feminina e Desafios Culturais da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica (SPSC), na qual é formadora. É autora do livro O Atlas da V (Ed. Arena, 2019).

Texto sinóptico
Afrontamentos, noites mal dormidas, aumento de peso, cansaço extremo, alterações de humor, perda de desejo sexual, ansiedade, dificuldade em concentrar-se... Estas são algumas das queixas que Lisa Vicente ouve, diariamente, no seu consultório. Afinal, o que se passa com o nosso corpo e com o nosso cérebro quando entramos nesta fase da vida? Uma autêntica revolução. 
Com décadas de experiência clínica e um olhar sensível e atualizado sobre a saúde da mulher, Lisa Vicente, médica ginecologista e especialista em sexologia, guia-nos por esta revolução hormonal com clareza, empatia e conhecimento científico, convidando-nos a olhar sem medos para o nosso corpo, a aprender os termos e os conceitos, a identificar os sinais e as mudanças físicas, hormonais e emocionais, e a escolher de forma esclarecida entre as soluções que temos disponíveis. 
Mais do que um manual, A Revolução da Menopausa é um guia prático, com histórias reais e conselhos, para quem está a entrar em menopausa ou já a atravessa, para quem se quer reconectar com o seu corpo e procura respostas sobre saúde e sexualidade sem alarmismos e, acima de tudo, para quem se quer sentir acompanhada neste processo desafiante.

sábado, 13 de setembro de 2025

Silêncios que Falam – 15 anos a dar voz aos livros


Assinala-se hoje 15 anos desde que criei este espaço, sem imaginar o quanto iria crescer e acompanhar-me e acompanhar-vos. Desde então, tenho partilhado recensões (mais de quatrocentas), novidades editoriais, cerca de duas dezenas de entrevistas a escritores e tantas outras palavras que nasceram da minha paixão pelos livros.

Foram milhares de páginas lidas, histórias descobertas e emoções vividas, sempre com a vontade de dar voz aos autores e às suas obras.

Agradeço a todos os leitores, escritores e editoras que, ao longo deste caminho, deram sentido ao Silêncios que Falam. Sem vocês, este blogue não teria chegado até aqui.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

«Emmanuelle - A Lição de Homem», de Emmanuelle Arsan

Editora: Guerra & Paz
Data de publicação: 22-10-2024
N.º de páginas: 225
Ela tinha 19 anos, casada há cerca de um ano, quando viajou de Londres ao encontro do marido em Banguecoque. Já não estava com Jean, com quem havia deixado de ser virgem aos 16 anos, há algumas semanas. No avião, sente os olhares dos homens sobre si, em especial de um passageiro que a provoca, e ela se deixa seduzir; como é descrito no livro, posteriormente, esse homem «não parecia cansado de encavar o corpo de Emmanuelle». A verdadeira viagem começava dentro dela: cada olhar, cada toque, cada suspiro abria portas para prazeres proibidos e descobertas sensuais. Ao chegar à Tailândia, revela a sua sensualidade nos braços do marido, de mulheres e de homens que frequentam a sua casa. É o início de uma inebriante viagem aos confins do prazer e da liberdade sexual...
 Escrito na primeira pessoa, o leitor vive os acontecimentos através dos olhos da heroína sexualmente aventureira. O foco da história, escrita pela escritora e atriz franco-tailandesa Emmanuelle Arsan, está no prazer e na libertação da moralidade convencional, e Emmanuelle entrega-se ao prazer com curiosidade e elegância, transformando cada experiência num poema sensual e uma lição de coragem.
 Publicado clandestinamente em 1959, Emmanuelle – A Lição de Homem escandalizou a França, dando origem a processos e condenações; a obra foi imediatamente proibida e o editor condenado em tribunal. Em 1974, a adaptação para o cinema, protagonizada pela inesquecível Sylvia Kristel, foi um sucesso comercial maciço, causando muita celeuma e relançando o escândalo às telas.
 Décadas depois, este clássico da literatura erótica continua a fascinar e inspirar, lembrando-nos que o prazer é um irrecusável direito humano e que a liberdade de sentir é, por si só, revolucionária. 
Este romance é o primeiro volume, tendo sido posteriormente lançada uma segunda obra sob o título Emmanuelle – A Antivirgem. Ambos os livros foram relançados em alguns países em 2024. Em Portugal, a edição tem o selo da Guerra & Paz Editores. 

Excertos 
«Logo que o instante se imobiliza, perdeu a sua beleza! Por mais que se tente eternizar a beleza, a beleza morre. O que é belo não é o que é nu, mas o que se desnuda.» 

«(...) Emmmanuelle recebeu, ao longo dos braços, no ventre nu, no pescoço, no rosto, na boca e nos cabelos, os longos jactos brancos (...) pelo membro satisfeito.» 

«(...) Emmanuelle tentava ajudar a fabulosa serpente a chegar-lhe bem ao fundo das entranhas.»

«Uma sexualidade saciada é uma sexualidade que caminha para a morte.»

 «O que é erótica não é a ejaculação, mas a erecção.» 

«O que conta não é fazer amor, mas como fazê-lo.»

Robert Harris está de regresso com um romance de segredos e paixões perigosas


Nascido no Reino Unido, Robert Harris é autor de diversos romances, entre os quais Munique, O Oficial e o Espião e O Segredo de Estaline. Alguns dos seus livros foram adaptados ao cinema, como The Ghost, realizado por Roman Polanski, e mais recentemente, Conclave, dirigido por Edward Berger e protagonizado por Ralph Fiennes.
O seu mais recente livro, Precipício, sai a 17 deste mês.

Texto sinóptico
Entre a obsessão, a guerra e um amor proíbido. O mundo à beira do colapso.
Londres, 1914. Venetia Stanley, uma jovem aristocrata inglesa, guarda um segredo: mantém uma relação clandestina com Henry Asquith, o primeiro-ministro britânico, um homem casado e quase quarenta anos mais velho. O que começa como um romance discreto, torna-se perigoso à medida que a tensão política na Europa ameaça abalar o mundo.
Com o assassínio do arquiduque Franz Ferdinand e o início da Primeira Guerra Mundial, a relação entre Venetia e Asquith toma rumos inesperados, sobretudo quando ele começa a revelar-lhe informações de Estado confidenciais. É então que um jovem oficial dos Serviços Secretos é destacado para investigar e, de repente, o que parecia ser apenas um caso extraconjugal torna-se um assunto de segurança nacional que irá alterar o rumo político do país.
Uma história de traição, lealdade e obsessão, em que o destino de uma nação e os segredos mais sombrios da política britânica vêm ao de cima.

«Uma história fascinante de política, guerra e obsessão erótica.» - The Sunday Times

«Um romance histórico magistral e cativante. É tanto uma história angustiante sobre a iminência de uma guerra terrível como uma nova perspetiva sobre a posição, muito malvista, da amante de um homem poderoso.» - The Washington Post 

«Historicamente erudito, politicamente perspicaz e cativante até à última página.» - The Times 

«O livro de Robert Harris mais cativante até à data... um enredo extraordinário.» - The Independent

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

PACTOR lança obra sobre narcisismo na prática clínica


A PACTOR editora lança obra sobre o transtorno de personalidade narcisista, que junta teoria e prática clínica, explorando o narcisismo em todas as suas dimensões. 
Narcisismo - Dos Casos Clínicos às Estratégias Terapêuticas
inaugura a
 coleção "Abordagens Psicoterapêuticas", dedicada a temas centrais da clínica contemporânea, tem como autora e coordenadora Raíssa Santos, psicóloga Clínica e Psicoterapeuta Psicanalítica Relacional, autora de O Desenho na Avaliação Psicológica da Criança (2024).

Texto de apresentação
A obra inicia com um enquadramento teórico sobre a evolução do narcisismo, desde a sua origem mítica à sua conceptualização como perturbação de personalidade, passando pelas suas múltiplas manifestações, seguindo-se os contributos de psicoterapeutas experientes que, a partir de diferentes abordagens psicoterapêuticas - psicanálise relacional, psicanálise do casal e da família, terapia cognitivo-comportamental e terapia de casal sistémica -, partilham casos clínicos ilustrativos, com profundidade e clareza. 
Com um equilíbrio entre reflexão teórica e aplicação clínica, este livro oferece uma visão plural e integrada do tratamento psicoterapêutico do narcisismo. As dificuldades, os impasses e os sucessos terapêuticos são expostos de forma acessível e realista, permitindo ao leitor um contacto direto com a complexidade - e também com a possibilidade de transformação - desta problemática.
Dirigida a psicólogos, psicoterapeutas e estudantes da área da saúde mental, esta obra propõe-se contribuir para uma maior compreensão do narcisismo em contexto clínico, fornecendo ferramentas úteis e modelos de intervenção, a partir de diversas perspetivas.

Pesquisa pelos temas abordados na obra e tem acesso às primeiras páginas do livro, aqui.

Outra obra que pode interessar

Nascemos Frágeis e Recebemos Ordens para Sermos Fortes (Bertrand Editora, 2019), do psiquiatra e psicoterapeuta João Carlos Melo

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Romance-peça teatral de Steinbeck volta às livrarias

Depois de relançar em Junho A Um Deus Desconhecido, a Livros do Brasil apresenta esta semana uma nova edição de um livro de 
John Steinbeck. É o terceiro romance-peça teatral que o autor escreveu e desenvolve-se em quatro cenas, cujos protagonistas são quatro personagens cujas vidas se entrelaçam num drama moral e existencialCom Chama Devoradora (tradução portuguesa, datada de 1971, assinada por Virgínia Motta), publicado originalmente em 1950, o vencedor do Prémio Nobel da Literatura em 1962, aborda os dilemas da condição humana.
Num género literário explorado anteriormente em Ratos e Homens e Noite sem Lua, Steinbeck concebe um romance breve, centrado nos diálogos e no entrosamento entre as personagens, destinado tanto à leitura como à representação em palco.

Sinopse
Sentindo aproximar-se a sombra da velhice, e com a possibilidade luminosa do nascimento de uma criança cada vez mais longe, Joe Saul desespera quanto ao legado que deixará no mundo. Mordeen, a sua mulher, ama-o profundamente, mas, certa de que juntos não poderão ter filhos, cede aos avanços do jovem Victor. De dia para dia, o sonho da família cresce, por fim, e está prestes a concretizar-se – e o amigo Ed tudo fará para afastar quaisquer ameaças a uma felicidade plena. 
Inspirando-se numa história medieval moralizante, este é um retrato do emaranhado das vidas humanas, dominadas por paixões e vulnerabilidade, desejos e desesperos, que nos interroga enquanto espécie: a quem pertence a responsabilidade pela vida de cada criança?

A editora disponibiliza aqui as primeiras páginas para leitura imediata.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Dois romances acabam de chegar de Espanha


Depois de duas décadas dedicadas à vida académica, María Dueñas (n. 1964) irrompeu pelo mundo literário em 2009, com O tempo entre costuras, o romance que se tornou um fenómeno editorial. Os seus romances posteriores, continuaram a cativar os leitores e a crítica. Traduzida em mais de 35 línguas, a autora é uma das escritoras de língua espanhola mais estimadas no mundo. Se um dia voltarmos é o seu sexto romance, com o selo Porto Editora.

Sinopse
Orán, Argélia francesa, finais da década de 1920.
Ana Cecilia Belmonte, uma jovem espanhola de apenas 17 anos, foge de casa após um episódio traumático. Sem documentos nem destino, atravessa o mar Mediterrâneo e refugia-se numa terra estranha.
Num ambiente hostil, onde imperam a desigualdade, o colonialismo e a opressão, Cecilia encontra trabalho nas fábricas de tabaco, nos campos e nos bairros mais esquecidos de Orán. A cada passo, enfrenta humilhações, perigos e perdas. Mas é também aí, na margem da sociedade, que descobrirá alianças inesperadas, redes de apoio e de solidariedade feminina, vínculos e paixões que, aliados à sua coragem e resiliência, acabarão por conduzi-la por um caminho repleto de reviravoltas, conquistas e desafios.
A Guerra Civil Espanhola, o avanço nazi no Norte de África e o conflito pela independência da Argélia marcam o contexto desta poderosa história de resistência, que é também uma reflexão sobre identidade, pertença e os laços que nos unem à terra de onde partimos – mesmo quando já não é possível voltarmos. 



Mayte Esteban (n. 1970) nasceu no México e reside há mais de duas décadas numa aldeia de Segóvia, em Espanha. A sua entrada no mundo literário deu-se em 2014 com o livro Detrás del cristal. Ambientada entre o fim de uma época e os conturbados anos que marcam o princípio do século XX, A colina da amendoeira, o seu primeiro romance romântico com contexto histórico, é uma história de vinganças, sobrevivência, amor e guerra. A edição portuguesa é da HarperCollins.

Sinopse
O mundo e a vida de Mary Ellen desmoronam-se quando o pai, o conde de Barton, entra no seu quarto. Decidiu casá-la com um comerciante rico, sem qualquer traço de nobreza, radicado em Boston. Mary não consegue acreditar que o pai renuncie a que o seu noivo seja aristocrata, mas sabe que de nada lhe servirá protestar. Foi educada para aceitar que todas as decisões da sua vida são tomadas pelo homem da família.
Após um casamento precipitado, vê-se obrigada a mudar-se para Londres, abandonando Almond Hill. Pouco depois de chegar à cidade, Mary descobrirá os segredos que se escondem por trás do seu estranho casamento. E também que o coração não pode ser travado por um contrato.

Literatura que resiste: obra de estreia de Marcelo Rubens Paiva ganha nova vida em Portugal


Clássico da literatura brasileira contemporânea, lançado em 1982, Feliz Ano Velho marcou a estreia de Marcelo Rubens Paiva na literatura. Este drama autobiográfico foi adaptado para cinema em 1987, com Malu Mader e Marcos Breda nos principais papeis. 

O livro chegou aos leitores portugueses em 1991 (numa edição da Pergaminho) e em 1996 (pela Mandarim, que foi um selo editorial português, criado nos anos 1990, que publicou vários autores brasileiros em Portugal, incluindo Luis Fernando Verissimo, Lya Luft, entre outros). 
Feliz Ano Velho regressa às livrarias portuguesas pela Dom Quixote no dia 30 de Setembro.

Texto de apresentação
Com uma prosa tocante e ao mesmo tempo irreverente, ao relatar o acidente que o deixou tetraplégico, Marcelo Rubens Paiva confere à narrativa a mesma energia com que superou a armadilha do destino.
O romance autobiográfico sobre o acidente que colocou Marcelo Rubens Paiva numa cadeira de rodas quando tinha vinte anos marcou a estreia literária do autor e tornou-se, rapidamente, um sucesso entre o público e a crítica - amplamente traduzido, conquistou prémios como o Jabuti, tornou-se tema de inúmeros trabalhos nas universidades brasileiras e, desde a sua publicação em 1982 até hoje, não tem parado de conquistar gerações de leitores.
Longe de ser o simples testemunho de uma experiência dolorosa, Feliz Ano Velho é o retrato geracional de uma juventude que, no final dos anos 1970, experimentava a abertura do governo militar e o sonho da redemocratização. Durante o período de recuperação, Marcelo conta detalhes da sua infância e da sua juventude, dos seus casos amorosos e da sua carreira musical; fala também da repressão da ditadura militar e da perseguição aos cidadãos que se opusessem ao regime, incluindo a invasão da sua casa por seis militares que levaram o seu pai, o deputado federal Rubens Beyrodt Paiva, que Marcelo não voltaria a ver e cuja história desenvolve em Ainda Estou Aqui.
O estilo de Marcelo, revelado num humor despretensioso e ao mesmo tempo mordaz, afasta a narrativa de qualquer pendor para o melodrama ou a autopiedade - pelo contrário, este é um texto de enorme força que, passados mais de quarenta anos, continua atual, vibrante e uma leitura indispensável.

Outras publicações Dom Quixote a sair também no dia 30: O Enigma de Israel e Feitas de Culpa.

Livros a publicar em Setembro pela Casa das Letras
Livros a publicar em Setembro pela ASA.